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Confira a programação da Flip 2014

29/07/2014 , às 15h05 - Atualizado em 29/07/2014 , às 16h06

Flip (Foto: Temporada Livre)

Os dias, os horários e os temas das mesas da Festa Literária Internacional de Paraty: 

 

Quarta-feira, 30 de julho

 

19h | sessão de abertura 
'Conferência com o crítico de arte Agnaldo Farias' 
'Millôrmaníacos - Hubert e Reinaldo entrevistam Jaguar'
 
 
21h30 | show de abertura na tenda da flipinha
Com Felipe Guaraná e banda Gal Costa
 

Quinta-feira, 31 de julho  

 
9h30 | mesa Zé Kleber 
'Da cidade à cidadania'
Com Jailson de Souza e Silva, Paula Miraglia e Rene Uren
 
12h | mesa 1
'Poesia & prosa' 
Com Charles Peixoto, Eliane Brum e Gregorio Duvivier
 
15h | mesa 2 
'Os possessos'
Com Elif Batuman e Vládímir Sorókin
 
17h15 | mesa 3  
'Fabulação e mistério' 
Com Eleanor Catton e Joël Dicker
 
19h30 | mesa 4
'Paraty, Veneza no Atlântico Sul'
Com Francesco Dal Co e Paulo Mendes da Rocha
 
21h30 | mesa bônus
'Porque era ele, porque era eu'
Com Mathieu Lindon e Silviano Santiago
 

Sexta-feira, 1º de agosto 

 
10h | mesa 5 
'O guru do Méier' 
Com Cássio Loredano, Claudius e Sérgio Augusto
 
12h | mesa 6 
'À mesa com Michael Pollan'
 
15h | mesa 7 
'Marcados'
Com Claudia Andujar e Davi Kopenawa
 
17h15 | mesa 8  
'Livre como um táxi'
Com Antonio Prata e Mohsin Hamid
 
19h30 | mesa 9 
'Encontro com Andrew Solomon'
 
21h30 | mesa 10 
'2x Brasil' 
Com Cacá Diegues e Edu Lobo
 

Sábado, 2 de agosto  

 
10h | mesa 11 
'Liberdade, liberdade'
Com Charles Ferguson e Glenn Greenwald
 
12h | mesa 12 
'Memórias do cárcere: 50 anos do golpe'
Com Bernardo Kucinski, Marcelo Rubens Paiva e Persio Arida
 
15h | mesa 13
'A verdadeira história do Paraíso' 
Com Etgar Keret e Juan Villoro
 
17h15 | mesa 14 
'Tristes trópicos'
Com Beto Ricardo e Eduardo Viveiros de Castro
 
19h30 | mesa 15 
'Encontro com Jhumpa Lahiri' 
 
21h30 | mesa 16 
'Narradores do poder' 
Com David Carr e Graciela Mochkofsky
 

Domingo, 3 de agosto 

 
10h | mesa 17 
'Ouvir estrelas' 
Com Marcelo Gleiser e Paulo Varella
 
12h | mesa 18 
'Romance em dois atos' 
Com Daniel Alarcón e Fernanda Torres
 
14h | mesa 19 
'Os sentidos da paixão' 
Com Almeida Faria e Jorge Edwards
 
16h | mesa 20 
'Livros de cabeceira' 
Com Andrew Solomon, Eduardo Viveiros de Castro, Etgar Keret, Fernanda Torres, Graciela Mochkofsky, Joël Dicker, Juan Villoro e Marcelo Rubens Paiva

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Arievaldo Viana fala sobre sua participação na Flipinha

29/07/2014 , às 15h05 - Atualizado em 29/07/2014 , às 16h06

flipinha
Voltado especialmente para os pequenos, a Flipinha surgiu em 2004, junto com a Flip, para ser um movimento de formação de leitores em Paraty. O ano inteiro, a ação social e educativa segue uma agenda intensa, incentivando e instigando a curiosidade das crianças para o universo mágico da literatura infantil.
 
Entre os dias 29 de julho e 3 de agosto, os jovens leitores de Paraty norteiam a programação da Flipinha com os temas trabalhados em sala de aula e um levantamento dos autores mais lidos por elas do acervo de 12 mil títulos da Biblioteca Casa Azul. Tudo isso junto com a participação das crianças visitantes.
 
O cordelista cearense da cidade de Quixeramobim Arievaldo Viana, que está a frente do projeto ‘Acorda Cordel na Sala de Aula’, estará pela primeira vez no evento. Com quase trinta livros publicados, ao longo de 10 anos de atividade, e mais de 100 folhetos de cordel, ele participará de duas mesas na Flipinha, sendo uma delas em parceria com o poeta Fábio Sombra.
 
O cmais conversou com o autor, que conta sobre seus projetos para levar cada vez mais cultura aos brasileirinhos, da resistência ao cordel que é feito fora do Nordeste, de sua história de vida e o que espera da Flipinha 2014.
 
cmais: Você já participou de alguma edição da Flip ou essa é sua primeira vez? Como é seu contato com o público infantil?
 
Arievaldo Viana: Trabalho com a Literatura de Cordel e livros infanto-juvenis desde o final da década de 1990 e já participei de diversas bienais e feiras de livro em diversas cidades: Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Porto Alegre, dentre outras, a maioria das vezes lidando com o público infantil. É a primeira vez que sou convidado para a FLIP de Paraty e estou muito honrado com esse convite. Na verdade, eu já venho trabalhando há bastante tempo, através do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, ministrando palestras, oficinas, shows de declamação e os resultados são sempre favoráveis.
 
cmais: Você já teve algum momento marcante com os pequenos leitores?
 
Viana: Na Feira do Livro de Porto Alegre, por exemplo, os autores são ‘apadrinhados’ por escolas da rede estadual de ensino e contato com as crianças é algo maravilhoso. Estive, em 2012, no município de Barra do Ribeiro-RS, onde as crianças da escola que visitei transformaram três obras minhas em apresentações teatrais. Foi um momento muito marcante, com música, dança, declamações e outras atividades culturais, tendo como eixo os meus textos em cordel. Um desses textos foi “A PELEJA DE CHAPEUZINHO VERMELHO COM O LOBO MAU”, livro ilustrado por Jô Oliveira, que foi lançado numa coleção pela Editora Globo. Essa coleção inclui também “O COELHO E O JABUTI” e “JOÃO BOCÓ E O GANSO DE OURO”, todos de minha autoria. Aqui no Nordeste, tenho vários livros por uma editora chamada IMEPH, que trabalha um projeto chamado “Nas ondas da leitura”. Sempre sou convidado a participar de atividades desse projeto e o encontro com o público infantil é sempre muito marcante.
 
cmais: Com quantos anos surgiu o interesse pelo cordel? Conte um pouco de sua trajetória de vida no sertão do Ceará.
 
Viana: Antes mesmo de ser alfabetizado, aí por volta dos quatro ou cinco anos de idade, eu já havia me encantado com os folhetos da Literatura de Cordel. Tanto meu pai, quanto a minha avó Alzira tinham o hábito de ler folhetos em voz alta para um público misto, que incluía crianças e adultos.

Nesse tempo ainda não havia energia elétrica no sertão do Ceará. Só nas cidades. As comunidades rurais ainda eram iluminadas por lampiões a gás. Eu ficava encantado pelo texto agradável dos cordéis. Aquilo mexia com a minha imaginação e motivou meus primeiros passos como poeta popular. Minha primeira escola funcionava numa casinha de taipa. Éramos somente uns 10 alunos, mas o aprendizado funcionava de verdade. A leitura em voz alta, principalmente de poesia, era uma prática comum nessa escola. 
 
Aos dez anos tive que me mudar para a cidade, a fim de continuar os meus estudos e só então tive contato com a televisão, a revista em quadrinhos e os brinquedos industrializados. Claro que isso também me influenciou, mas aquela cultura popular, típica do ambiente rural, já estava impregnada no meu processo criativo. A essa altura eu já desenhava e escrevia compulsivamente. O engraçado é que só comecei a publicar meus trabalhos no final da década de 1980 e de forma artesanal, usando, na maioria das vezes, a velha fotocopiadora. Foi o período dos fanzines e dos folhetos alternativos. Finalmente, na virada do milênio, comecei a levar a coisa mais a sério e comecei a bancar as minhas próprias edições. Esteei com um livro chamado “O baú da gaiatice”, que traz uma miscelânea de causos, anedotas, crônicas e cordéis. Essa obra foi muito bem aceita. Apesar de nunca ter saído por uma grande editora já vendeu mais de 10 mil exemplares e já está na 4a. Edição. Em 2006 recebi convite do Governo do Estado do Ceará para participar de uma coleção chamada “BAIÃO DAS LETRAS”. Foi aí que nasceu a ideia de fazer cordéis ilustrados, com capa colorida, para o público infantil. A princípio houve alguma resistência por parte do público tradicional e de alguns pesquisadores mais conservadores, mas isso foi superado porque CORDEL não é o suporte. O que caracteriza o cordel é o seu estilo literário, que é determinado por regras fixas: métrica, rima, oração etc. O “cordelivro” caiu no gosto da criançada e hoje, mais de 20 editoras de todo o Brasil trabalham com esse tipo de literatura.
 
cmais: Você pode falar mais sobre o ‘Acorda Cordel na Sala de Aula’? Tem algumas dificuldades para realizar o projeto?
 
Viana: O projeto ACORDA CORDEL surgiu por volta de 2002, quando passei a receber convites das escolas para oficinas e palestras sobre literatura de cordel. A princípio eu utilizava uma apostila, que foi engordando progressivamente até se transformar num livro. A primeira edição teve uma pequena ajuda da Petrobras e firmamos parceria com algumas prefeituras, para tornar viável a sua implantação. Hoje centenas de professores e arte-educadores trabalham com cordel em sala de aula, graças ao pontapé inicial desse projeto. 
 
A dificuldade maior é encontrar parceiros para o projeto. Os editores querem abiscoitar o projeto e pagar magros direitos autorais, que só chegam trimestralmente (isso quando prestam contas). Desse jeito não me interessa. Prefiro bancar uma edição por conta própria, de 2 a 5 mil kits (livro, CD, DVD, caixa de folhetos) e negociar isso direto com as prefeituras ou escolas interessadas na implantação do projeto. Atualmente está meio parado justamente por falta de tempo (e de jeito) para negociar. Prefiro que me convidem e apresentem uma proposta de trabalho.
 
cmais: Você vai lançar algum livro na Flipinha? 
 
Viana: Publiquei quatro novos livros este ano, mas não sei se serão todos lançados na Flipinha. Gosto de todos, mas tem dois, em especial, que acho muito adequados para esse momento. São adaptações de obras de Shakespeare para o cordel: OTELO E DESDÊMONA – O MOURO DE VENEZA EM CORDEL, da editora Pallas e SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, da Editora Amarillys. Ambos são ilustrados por Jô Oliveira e estão muito atraentes. Procuro sempre usar uma linguagem simples e atrativa, que possa agradar crianças de 8 a 80 anos. Meus lançamentos acabam virando uma “aula-espetáculo”. Conto histórias, faço declamação e interajo com o público. Gosto de trabalhar dessa forma. Já fui camelô na adolescência e sei vender o meu peixe.
 
cmais: Quantos livros você já tem publicado? Pode falar quais são?
 
Viana: Ao todo, são quase trinta livros publicados, ao longo de 10 anos de atividade e mais de 100 folhetos de cordel. Com folhetos eu já trabalho há mais de 20 anos. Os folhetos são parcerias que faço com editoras como a Tupynanquim, Coqueiro, Queima-
Bucha e Luzeiro. Editoras exclusivas de CORDEL. Eles não pagam direito autoral em dinheiro, mas dão uma porcentagem de até 25% da tiragem em folhetos. De certa forma é vantajoso, mas quando se trata de uma venda maior, de uma edição específica para o projeto Acorda Cordel, prefiro editar por conta própria.
 
cmais: Qual será a pauta das duas palestras que você vai participar? Pode adiantar alguma coisa para nós?
 
Viana: Uma das palestras será feita em parceria com o poeta Fábio Sombra, que também é cordelista e carioca de nascimento. Há uma certa resistência ao cordel que é feito fora do Nordeste, como se o fato de ser nordestino fosse um selo de autenticidade. Eu não penso dessa maneira. Tanto que idealizamos uma peleja, uma espécie de debate todo em versos, explorando diversas modalidades do cordel, do repente, da trova gaúcha e até mesmo o “calango”, que é a trova mineira. Vai ser um espetáculo muito bonito, com teor musical. Um desafio entre dois cantadores, de regiões distintas, mas impregnados de brasilidade.
 
Confira a programação completa da Flipinha 
 
mostra.php?id=168

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Paulo Werneck sobre Millôr: 'Para mim ele é a cara da Flip'

29/07/2014 , às 15h05 - Atualizado em 29/07/2014 , às 16h06

Autor Millôr Fernandes será o homenageado da Flip 2014 (Foto: Veja)

O homenageado desta edição é o dramaturgo, editor, tradutor e artista gráfico Millôr Fernandes. Uma das figuras mais marcantes da imprensa brasileira recebe destaque em Paraty dois anos após sua morte, em março de 2012, aos 88 anos.

O editor, jornalista e curador da Flip 2014, Paulo Werneck, falou ao De volta 'pra' casa sobre a escolha. "Ele era um tradutor de Shakespeare, de Ibsen, um cartunista genial que rivalizava com Steinberg, que é o maior nome do cartoon do século 20, um humorista, autor de livro infantil... Ele fez de tudo. Para mim ele é a cara da Flip, esteve até na primeira edição".

Considerado uma "pedra no sapato do poder" durante sua carreira, é também Millôr quem dá o tom na programação da tenda dos autores de diferentes nacionalidades, que destaca literatura, humor, arquitetura, ciência e pensamento indígena. Gal Costa abre o evento em Paraty com as canções de Recanto, seu disco mais recente, que mescla MPB, rock e música eletrônica. Clássicos como "Folhetim" e "Barato total" completam o show, que pela primeira vez na história da Flip será gratuito.

A programação completa você confere no site flip.org.br.

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Relembre os pensamentos de Millôr Fernandes

29/07/2014 , às 15h05 - Atualizado em 29/07/2014 , às 16h06

Millôr Fernandes (Foto: FPA)

Millôr Fernandes é o grande homenageado da 12ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Falecido em em março de 2012, o desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor terá uma exposição dedicada a seu trabalho, com fotos, desenhos e imagens na Casa da Cultura da cidade. Intitulada Millôr - 90 anos de nós mesmos, a mostra tem abertura no sábado (26). Já a festa literária começa em 30 de julho e vai até 3 de agosto.

Millôr, considerado por Salomão Schvartzman "o guru" do Diário da manhã, foi lembrado no programa desta quarta (23). O apresentador trouxe célebres pensamentos do carioca e leu, na íntegra, o poema "Saudação aos que vão ficar". Confira.

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Millôr Fernandes é o homenageado deste ano na Flip

29/07/2014 , às 15h05 - Atualizado em 29/07/2014 , às 16h06

Diário da Manhã - Crônica sobre Millôr Fernandes - 2014-08-01

O desenhista e escritor carioca Millôr Fernandes, morto em 2012, é o homenageado deste ano da 12ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). E numa exaltação ao humor como grande gênero literário, Salomão Schvartzman destacou algumas frases célebres de Millôr na crônica desta sexta-feira (01) do Diário da Manhã. Confira.

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