Missa celebrada pelo cardeal arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns, com a presença de autoridades civis e eclesiásticas locais, estaduais e nacionais. A cerimônia é pontuada por canções de Marlui Miranda, baseadas na pesquisa de música indígena na Amazônia Brasileira, iniciada pela cantora há duas décadas. A missa é cantada em tupi, para lembrar os cantos tradicionais dos índios.
Observações gerais:
A direção musical é de Marlui Miranda. A apresentação tem a participação da orquestra Jazz Sinfônica da Universidade Livre de Música, de um coral de 90 vozes e de 12 índios A- Ruas. Exclusividade direto da Catedral da Sé - São Paulo, músicas compostas a partir de textos de José Anchieta em Tupi de orações e adaptadas a partir dos cantos indígenas.
Após um processo de canonização que durou quatro séculos, tornando-se um dos mais longos da história, Anchieta se tornará santo por decreto do Papa Francisco, em 03 de abril de 2014.
A 22 de junho, Anchieta é oficialmente beatificado pelo papa João Paulo II, às vésperas de sua visita ao Brasil.
A 28 de março, fontes do Vaticano e da Companhia de Jesus confirmaram extra-oficialmente a beatificação de Anchieta.
Registrou-se um pedido unânime de todo o episcopado brasileiro, que é um dos mais numerosos do mundo, dirigido ao papa Paulo 6. A causa de Anchieta foi então reativada, mas o Papa morreu antes que a questão fosse resolvida. O papa João Paulo I acolheu a ideia com benevolência, mas em seu curtíssimo pontificado nada foi possível fazer.
Outro pedido também da maioria do episcopado do País.
Houve um pedido da maioria do episcopado do País.
Houve outro pedido encaminhado por bispos latino-americanos. No começo do século 20, foi realizado outro processo sobre milagres posteriores à morte, que também não satisfez à Congregação dos Ritos. Na década de 60, foram feitos inúmeros pedidos, não só de bispos, mas também de entidades culturais brasileiras. Na época de João Goulart, foi encaminhado um pedido oficial do governo brasileiro num pergaminho que continha as assinaturas das principais autoridades dos três Poderes do País.
Houve um pedido de beatificação encaminhado por numerosos bispos brasileiros.
A reabertura do processo de beatificação de Anchieta foi uma iniciativa de d. Vital Maria Gonçalves de Oliveira, bispo de Olinda e Recife, que se celebrizou por sua polêmica com o imperador Pedro II, que ficou conhecida como "questão religiosa". Considerou-se na época que a beatificação de Anchieta seria uma boa medida diplomática para pôr fim ao conflito entre as autoridades eclesiásticas e as civis no Brasil.
Chegaram ao Brasil os primeiros jesuítas após o restabelecimento de sua ordem, mas os primeiros que voltaram, estavam muito ocupados com sua reorganização, para poderem dar atenção ao processo de Anchieta.
Foi restabelecida a Companhia de Jesus no pontificado de Clemente 7, mas nessa época não havia jesuítas no Brasil.
A Companhia de Jesus foi suprimida durante o pontificado de Clemente 14 e todos os processos de beatificação e canonização de jesuítas foram suspensos.
O marquês de Pombal expulsou os jesuítas de todos os territórios da coroa portuguesa.
A Santa Sé, por decreto do papa Clemente 12, declarou que o padre Anchieta era um modelo de virtudes cristãs, praticadas em grau heroico, e lhe atribuiu o título de venerável, depois do exame pormenorizado de sua vida e seus escritos. Era o primeiro passo para a beatificação. A seguir, foram realizados alguns processos sobre possíveis milagres, posteriores à sua morte. Sua beatificação era esperada para breve, pois, na própria igreja do Pátio do Colégio, havia um altar preparado para receber a imagem.
A Santa Sé aceitou a causa de sua beatificação e por sua autoridade se realizaram outros processos sobre sua vida e milagres a ele atribuídos, em Lisboa, Évora, Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo.
Vinte anos depois de sua morte, os jesuítas da Bahia já pediram à Santa Sé sua beatificação e canonização. Em consequência, o padre geral da Companhia de Jesus ordenou que se realizassem os primeiros processos informativos sobre ele em todas as prelazias do Brasil. Nessa época, já havia duas biografias conhecidas sobre Anchieta, sendo uma delas, "A Vida do Padre Anchieta", em latim, de autoria do padre Sebastião Berettari, foi editada simultaneamente em Coletânea (Alemanha) e
Lyon (França).
O missionário morreu em 9 de junho de 1597, na aldeia espírito-santense de Rerigtibá.
O Padre Anchieta, cognominado Apóstolo do Brasil, transferiu-se definitivamente para o país em 1553, aos 19 anos.
Nasceu a 19 de março de 1534, em São Cristovão de Laguna, na ilha de Tenerife, Canárias.