CADERNO DE FORMAÇÃO CURSO INCLUIR BRINCANDO 2014 (versão acessível - todas as indicações de páginas correspondem ao exemplar impresso) Página 2 EXPEDIENTE CADERNO DE FORMAÇÃO – CURSO INCLUIR BRINCANDO COLEÇÃO INCLUIR BRINCANDO Projeto Incluir Brincando Realização: Sesame Workshop / TV Cultura Apoio: MetLife Foundation Parceiro estratégico: UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância Parceiros institucionais: Associação Laramara, Instituto Rodrigo Mendes, Efeito Visual Serigrafia e Iguale Comunicação de Acessibilidade Coordenação: Julia Tomchinsky Colaboração: Abigail Bucuvalas, Immaculada Prieto, Kauleen Menard, Rodrigo Fonseca, Renata Yumi, Rosilene Araújo Textos e consultoria pedagógica: Lilian Galvão e Julia Tomchinsky Revisão: Maria Valéria C. M. de Carvalho Projeto gráfico e Ilustrações: Ariane Corniani Impressão: Efeito Visual Serigrafia Audiodescrição: Iguale Comunicação de Acessibilidade 2014 Página 3 PARCEIROS SESAME WORKSHOP é uma organização educacional sem fins lucrativos especializada na criação de conteúdo multimídia para o desenvolvimento da primeira infância. Produz o seriado de TV VILA SÉSAMO, assistido em mais de 140 países. www.sesameworkshop.org TV CULTURA é o principal veículo de comunicação da Fundação Padre Anchieta. Modelo de emissora pública, comprometida em oferecer programação qualificada, atrativa, crítica, democrática e inovadora para os mais diversos públicos e faixas etárias. Ganhou mais de 200 prêmios nacionais e internacionais. tvcultura.cmais.com.br FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF) contribui para a construção de um mundo onde os direitos de cada criança e de cada adolescente sejam cumpridos, respeitados e protegidos. Presente em 191 países, é referência mundial em conhecimento e ações relacionadas à infância e adolescência. www.unicef.org.br FUNDAÇÃO METLIFE foi criada para dar continuidade à antiga tradição da MetLife de prestar contribuições como empresa parceira da comunidade. Atualmente a Fundação se dedica a promover a inclusão financeira com a finalidade de ajudar a criar um futuro seguro para indivíduos e comunidades em todo o mundo. www.metlife.org Página 4 LARAMARA, instituição sem fins lucrativos cujas ações estão voltadas ao atendimento especializado nas áreas socioassistencial e socioeducativa. Todas as ações são realizadas com ênfase no apoio e suporte à inclusão das pessoas com deficiência visual na família, na escola, no trabalho e na comunidade. www.laramara.org.br INSTITUTO RODRIGO MENDES é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a construção de uma sociedade inclusiva por meio da educação e da arte. Suas ações visam a colaborar para que a escola pública seja capaz de acolher toda e qualquer criança. Para isso, desenvolve programas de pesquisa e formação sobre educação inclusiva. www.institutorodrigomendes.org.br EFEITO VISUAL , gráfica pioneira no Brasil, é especializada em comunicação impressa com estímulo tátil, usando a técnica de serigrafia, traços em relevo, texturas, braille com resina transparente e outras soluções inovadoras utilizadas para a inclusão social de pessoas com deficiência. www.efeitovisual.com.br IGUALE COMUNICAÇÃO DE ACESSIBILIDADE é a primeira empresa brasileira criada para pensar e produzir soluções assistivas completas em comunicação para pessoas com deficiência, proporcionando acessibilidade e autonomia na área da comunicação e cultura, TV, cinema, teatro, web, exposições, eventos, outros. www.iguale.com.br Página 5 Imagem de Garibaldo, Bel e Sivan. Todos dizem: "Olá pessoal! Somos os seus amigos da Vila Sésamo! Apresentaremos para vocês um projeto muito divertido: Incluir Brincando." Índice 1 – Apresentação - p.7 1.1 Projeto 1.2 Coleção 1.3 Campanha Transmídia 1.4 Curso 2 – Compreendendo o Brincar Inclusivo - p.13 2.1 Desenvolvimento Inclusivo 2.2 Educação Lúdica 2.3 Articulação escola-família-comunidade 3 – Organizando o “Dia do Brincar Inclusivo” - p.21 4 – Sugestões para aprofundamento - p.25 5 – Anexos - p.28 • Atividades Orientadas - Vivências lúdicas e inclusivas nas escolas/comunidades - Mapeamento de paisagens lúdicas e sujeitos brincantes - Planejamento do Dia do Brincar Inclusivo - Relato de prática • Avaliações - Encontro 1 - Encontro 2 - Encontro 3 - Dia do Brincar Inclusivo (Famílias e Comunidade) - Dia do Brincar Inclusivo (Crianças) Página 6 - em branco Página 7 1.1 Projeto O Projeto Incluir Brincando é uma iniciativa da Vila Sésamo e da TV Cultura, com o apoio da MetLife Foundation e parceria do UNICEF, da Associação Laramara, do Instituto Rodrigo Mendes, da Efeito Visual Serigrafia e da Iguale Comunicação de Acessibilidade. Nosso sonho é um brincar inclusivo, que promova a interação de todas as crianças, valorize as diferenças, estimule a autonomia e fortaleça a autoestima. Texto em destaque: "INCLUIR BRINCANDO O brincar inclusivo se concretiza quando creches, escolas, famílias e outras organizações do governo e da sociedade civil derem as mãos para, juntas, promoverem a integração das crianças por meio da brincadeira!" Desde 2012 o Projeto contribui para a garantia do direito de brincar de todas as crianças, respeitando os ritmos e a individualidade de cada uma! As crianças não são iguais, elas são diversas: podem ser indígenas, quilombolas, ciganas, imigrantes. Podem ter deficiência, podem viver com seus pais ou parentes, na cidade ou na zona rural. Podem morar em abrigos ou viver em situação de rua e extrema pobreza. Podem estar internadas em hospitais por longo período. Podem ter nascido no norte ou no sul, dentre outras diversidades... Mas, sempre serão crianças! Texto em destaque: "Os princípios da igualdade e da equiparação de oportunidades garantem que todas as crianças se desenvolvam plenamente, aprendam, sejam amadas, cresçam sem violência, brinquem e sejam felizes!" Página 8 A idade, o gênero, a origem étnico-racial, o credo, as condições sociais, econômicas, pessoais ou qualquer outra característica, jamais podem justificar alguém ficar de fora na hora de brincar e se divertir. Por isso, é fundamental refletirmos e praticarmos o brincar seguro e inclusivo! Nesse processo, o papel dos(as) educadores(as), das famílias e cuidadores é fundamental! Em 2014, o Projeto está potencializando as ações educativas com educadores, familiares e cuidadores por meio de uma Campanha Transmídia, do Curso de Formação Incluir Brincando e da Coleção Incluir Brincando (que reúne diferentes materiais de formação). Todas as estratégias educacionais estão articuladas em torno de sete temas transversais: • Brincar é direito de toda criança • Brincando em família • Brincadeiras do Brasil • Brincadeiras Inclusivas • Brincando na comunidade • Feira de brinquedos • Brincar junto é mais divertido Página 9 1.2 Coleção A Coleção Incluir Brincando reúne materiais destinados aos profissionais que trabalham na Educação Infantil e todas as pessoas que se interessam pelos temas: desenvolvimento inclusivo, brincar e infância. Em 2012 o Projeto elaborou alguns materiais, tais como: folder informativo, guia do brincar inclusivo, jogo da memória, série de vídeos. Todos estão disponíveis no site: http://cmais.com.br/vilasesamo A Coleção é composta pelos seguintes materiais: 1. Caderno de Formação: • Compreendendo o brincar inclusivo • Organizando o “Dia do Brincar Inclusivo” • Sugestões para aprofundamento • Atividades orientadas • Avaliações 2. Dicas para Incluir Brincando 3. Folhas avulsas para anotações pessoais 4. CD com audiodescrição Para interagir com o conteúdo, fique atento aos ícones: • Título: apresenta o assunto e convida a refletir sobre ele. • Conversa em Roda: oferece perguntas que estimulam refletir, dialogar, analisar e construir aprendizagens coletivas. • Breve passeio pela História: contextualiza o tema e oferece ampliação dos horizontes educativos • Articulação Comunitária: convida para realização de atividades, pesquisas, trocas e sistematizações de experiências. • Aprofundamento: dicas de leitura, sites e outros recursos que possibilitem novas aprendizagens. Esta Coleção foi elaborada com muito carinho para a segunda etapa do Projeto, que vai até o final de 2014. Nela você encontra referenciais teóricos e práticos para promover o desenvolvimento integral das crianças, sensibilizando toda a comunidade escolar sobre o direito à brincadeira segura e inclusiva. Os materiais da Coleção buscam estabelecer um diálogo entre os conteúdos no Curso de Formação Incluir Brincando e as práticas lúdicas promovidas pelos educadores(as) no cotidiano das crianças. Página 10 1.3 Campanha Transmídia É um tipo de campanha em diferentes mídias: televisão, internet, redes sociais, etc. A cada mês um dos temas transversais será divulgado nas diferentes plataformas, difundindo materiais educacionais que podem enriquecer o brincar inclusivo: • Vídeos Promocionais de até 1 minuto, com os personagens da Vila Sésamo interagindo com personalidades brasileiras. • Websódios: episódios de até 5 minutos, criados especialmente para exibição no site. • Jogos digitais com objetivos educacionais. • Atividades para imprimir: que trabalham conhecimento de si, reflexão, atenção, psicomotricidade, expressão artística e corporal. • Chamadas para ação: envio de desenhos das crianças ou histórias contadas por educadores, familiares e cuidadores para o site da Vila Sésamo e compartilhamento de materiais nas Redes Sociais. • Artigos: textos informativos sobre os temas da campanha para educadores, familiares e cuidadores. QUAIS OBJETIVOS EDUCACIONAIS PODEM SER TRABALHADOS A PARTIR DOS WEBSÓDIOS? BRINCAR É UM DIREITO DA CRIANÇA • Reconhecer que brincar é um direito da criança e que deve ser exercido na sua rotina diária. • Fortalecer os elos de amizade entre as crianças durante o brincar inclusivo. BRINCADEIRAS INCLUSIVAS • Conseguir adaptar, de forma segura, brincadeiras, jogos e brinquedos para que todos sejam incluídos. • Explorar os diferentes sentidos de visão, audição, olfato, paladar, tato durante o brincar inclusivo. BRINCANDO COM A FAMÍLIA • Estimular a brincadeira nos momentos de convívio familiar, entre crianças de diferentes idades, adultos e idosos. BRINCANDO NA COMUNIDADE • Valorizar os momentos de encontros entre crianças da mesma comunidade. • Reconhecer o potencial lúdico dos diferentes sujeitos e paisagens da comunidade. BRINCANDO COM OS AMIGOS • Participar de brincadeiras e jogos com regras, encontrando soluções construtivas e não-violentas para os conflitos. FEIRA DE BRINQUEDOS • Saber dividir/partilhar brinquedos e amizades. • Incentivar o consumo consciente entre as crianças e exercitar a solidariedade. BRINCADEIRAS DO BRASIL • Reconhecer a diversidade cultural das crianças brasileiras, mostrando brincadeiras, brinquedos e jogos em diferentes contextos sociais, econômicos, culturais e ambientais do país. Página 11 1.4 CURSO DE FORMAÇÃO CARGA HORÁRIA - 64 horas (24 horas presenciais + 40 horas de atividades orientadas) PARTICIPANTES • 4 Turmas • 200 Educadores: professores de educação infantil e representantes da sociedade civil PARTICIPAÇÃO E CERTIFICADO Participação • Disponibilidade em realizar o curso • Compromisso com a socialização do conhecimento • Elaboração e entrega das atividades orientadas • Organização do Dia do Brincar Inclusivo Certificação • 80% de presença comprovada • Entrega das atividades orientadas OBJETIVO • Construir referenciais teóricos e práticos para o desenvolvimento integral das crianças por meio do brincar inclusivo e seguro, utilizando os diferentes recursos educativos do Projeto Incluir Brincando na sensibilização de suas famílias e cuidadores sobre o direito de brincar. PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS A metodologia parte da realidade dos educadores, favorecendo um ambiente horizontal e de diálogo. A socialização de saberes, conhecimentos, informações e experiências contribui para a construção coletiva de novas práticas lúdicas nas escolas de educação infantil, parceiras do projeto. Ao se estreitarem os laços entre “o que se faz” e “o que se pensa acerca do que se faz”, teoria e prática se aproximam. Ao refletir sobre suas vivências de inclusão e de ludicidade, o educando é estimulado a promover o brincar inclusivo e seguro. O Curso é composto por três encontros formativos de 8 horas. Os participantes realizam atividades orientadas, com o objetivo de interagir com os recursos transmídia e de organizar intervenções nas escolas e comunidades. Ao final do curso, em cada uma das regiões, é organizado o “Dia do Brincar Inclusivo”: um dia festivo e com uma programação repleta de atividades lúdicas para escolas, famílias e comunidade. Todo o processo formativo será avaliado continuamente, por meio de formulários individuais e grupos focais. Além disso, as práticas serão sistematizadas por meio de relatos a serem publicados na Plataforma Diversa. ESTRATÉGIAS Pesquisa sobre a realidade local e reconhecimento das necessidades relacionadas ao desenvolvimento inclusivo. Página 12 Problematização a partir de situações relacionadas à inclusão e à ludicidade, enfrentadas no cotidiano da escola e da comunidade. Ampliação do conhecimento sobre o brincar inclusivo, por meio de exposições dialogadas, leituras, pesquisas, vivências e atividades em grupo. Intervenção educativa por meio de práticas de brincar inclusivo, promovidas nas escolas e na comunidade, culminando no “Dia do Brincar Inclusivo”. Avaliação permanente de cada encontro de formação e atividade realizada na escola ou comunidade, identificando os avanços e desafios para reorientação da prática. PROGRAMA ENCONTRO 1 Tema - Desenvolvimento Inclusivo A (4h) Teórico/Conteúdo: - Apresentação do projeto e do curso - Educação Inclusiva - Brincar inclusivo B (4h) Prático/Conteúdo: - Construção de jogos e brinquedos adaptados ENCONTRO 2 Tema - Os significados do brincar A (4h) Teórico/Conteúdo: - Educação Lúdica - Concepções do brincar no currículo da Educação Infantil - Paisagens lúdicas brasileiras B (4h) Prático/Conteúdo: - Vivência de brincadeiras populares ENCONTRO 3 Tema - Relação Escola-Família-Comunidade A (4h) Teórico/Conteúdo: - Educação integral - Articulação comunitária - Mobilização social B (4h) Prático/Conteúdo: - Organização do Dia do Brincar Inclusivo ATIVIDADES ORIENTADAS 1a Atividade: • Mobilização social: Mapeamento de paisagens lúdicas e brincantes Carga horária: 10 horas 2a Atividade: • Intervenção educativa 1: Construção e vivência de Jogos e Brincadeiras Inclusivas • Site Vila Sésamo: Envio de desenhos das crianças sobre suas brincadeiras favoritas Carga horária: 10 horas 3a Atividade: • Intervenção educativa 2: Organização do Dia do Brincar Inclusivo • Site Vila Sésamo: Compartilhamento de brincadeiras inclusivas nas Redes Sociais Carga horária: 10 horas 4a Atividade: • Sistematização / socialização: Relato de Prática para a “Plataforma Diversa” • Site Vila Sésamo: Envio de histórias das brincadeiras de infância dos familiares e cuidadores Carga horária: 10 horas Página 13 Imagem de Sivan com o braço esquerdo erguido. Ela diz: “Oi Gente, meu nome é Sivan! Eu sou uma menina feliz, adoro me divertir. Sempre invento novas maneiras para brincar com os meus amigos e nunca fico de fora! Quero conversar com vocês sobre algo muito importante: o brincar inclusivo!” Página 14 2.1 Desenvolvimento Inclusivo Conversa em Roda • O que é inclusão? • O que é desenvolvimento inclusivo? • Por que a inclusão é um direito? • Como a inclusão das crianças com deficiência acontece na escola e na comunidade? • Quais são os desafios e as possibilidades para promover o desenvolvimento inclusivo? Texto em destaque: O longo período em que as políticas públicas não reconheciam os direitos das pessoas com deficiência, criou barreiras maiores do que qualquer condição física ou intelectual para a inclusão na sociedade. Breve passeio pela história... Desde a década de 1970, no Brasil, alguns segmentos da sociedade começaram a se organizar: mulheres, negros, pessoas com deficiência, constituindo os movimentos em defesa dos direitos humanos. Em 1979 surgiu a /Coalizão das Entidades de Pessoas com Deficiências, organizando o movimento de luta das pessoas com deficiências em escala nacional. O ano de 1981 foi decretado o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência pela Organização das Nações Unidas (ONU). Pela primeira vez o tema foi tratado como uma questão social e toda a população do planeta foi convocada para discutir, promover e respeitar os direitos da pessoa com deficiência. Em maio de 2006 foi realizada a primeira Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiências no Brasil, após etapas que ocorreram em âmbito municipal e estadual. Essa Conferência foi um importante marco na equiparação de oportunidades para pessoas com deficiência, que historicamente tiveram seus direitos negligenciados. Texto em destaque: O Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou um Brasil com 45.606.048 de pessoas com pelo menos uma deficiência. Desse número significativo, 38,5 milhões de pessoas vivem em áreas urbanas e 7,1 milhões em áreas rurais. A partir da década de 1970, até a presente data, o movimento das pessoas com deficiências lutou bravamente e reuniu algumas conquistas: • Política de educação inclusiva • Isenção de impostos para aquisição de veículo • Profissão de áudio descritor • Profissão de intérprete/tradutor de libras • Espetáculos com recursos de acessibilidade • Programas de TV com pessoas com deficiência • Transportes públicos com acessibilidade Página 15 • Discussão sobre acessibilidade nas universidades, no governo, na mídia, na sociedade • Programas e projetos do governo federal (Ex.: Plano Viver Sem Limite) • Programas e projetos estaduais e municipais de acessibilidade e mobilidade • Ações afirmativas: Lei de Cotas, Benefício de Prestação Continuada, etc. Na forma de lei, a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Brasil em 2008, é o documento mais importante que fortaleceu o movimento das pessoas com deficiência. O que a Convenção nos diz sobre a criança com deficiência? No artigo 7º a Convenção destaca: 1. Os Estados Parte deverão tomar todas as medidas necessárias para assegurar às crianças com deficiência o pleno desfrute de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, em igualdade de oportunidades com as demais crianças. 2. Em todas as ações relativas às crianças com deficiência, o que for melhor para elas deverá receber consideração primordial. 3. Estados Parte assegurarão que as crianças com deficiência tenham o direito de expressar livremente seus pontos de vista, em todas as questões que lhes afetam, em condições iguais a outras crianças, providas de assistência apropriada à deficiência e à idade para realizar este direito. Portanto, toda criança tem o direito de acesso à educação de qualidade na escola regular e de atendimento especializado complementar, de acordo com suas especificidades. Esse direito está em consonância com a “Declaração Universal dos Direitos Humanos” e outras convenções compartilhadas pelos Países Membros das Nações Unidas. Nesse sentido, vale a pena refletir sobre os princípios da educação inclusiva, divulgados na Plataforma Diversa: • Toda criança aprende: sejam quais forem as particularidades intelectuais, sensoriais e físicas do educando, partimos da premissa de que todos têm potencial de aprender e ensinar. É papel da comunidade escolar desenvolver estratégias pedagógicas que favoreçam a criação de vínculos afetivos, relações de troca e a aquisição de conhecimento. • O processo de aprendizagem de cada criança é singular: as necessidades educacionais e o desenvolvimento de cada educando são únicos. Modelos de ensino que pressupõem homogeneidade no processo de aprendizagem e sustentam padrões inflexíveis de avaliação geram, inevitavelmente, exclusão. • O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos: acreditamos que a experiência de interação entre pessoas diferentes é fundamental para o pleno desenvolvimento de qualquer criança ou jovem. O ambiente heterogêneo amplia a percepção dos educandos sobre pluralidade, estimula sua empatia e favorece suas competências intelectuais. Página 16 • A educação inclusiva diz respeito a todos: a diversidade é uma característica inerente a qualquer ser humano. É abrangente, complexa e irredutível. Acreditamos, portanto, que a educação inclusiva, orientada pelo direito à igualdade e o respeito às diferenças, deve considerar não somente crianças e jovens tradicionalmente excluídos, mas todos os educandos, educadores, famílias, gestores escolares, gestores públicos, parceiros, etc. Fonte: Plataforma Diversa - http://www.diversa.org.br/quem-somos/principios/ O grande desafio é que todas essas conquistas impactem positivamente na vida da população, especialmente na convivência entre pessoas com e sem deficiência. Afinal, a inclusão só acontece quando todos se integram e vivem juntos, buscando melhores condições de vida para toda a sociedade. Nessa perspectiva, o desenvolvimento inclusivo surge como uma tentativa de abordar a luta em favor da igualdade, dando visibilidade aos grupos excluídos, que se encontram em situação de vulnerabilidade social. É uma abordagem pautada no respeito aos direitos, às aspirações e ao potencial de todas as crianças. Por isso oferece um novo olhar para as questões sociais emergentes! Por ser pobre, ter uma deficiência, ser imigrante ou estar infectada por piolhos, por exemplo, a criança jamais poderá ser privada do direito de brincar ou estudar! Texto em destaque: "Uma criança nunca poderá ser excluída da escola por falta de oportunidades! É por isso que os espaços devem ser adaptados ou construídos conforme o desenho universal de acessibilidade, garantindo que as crianças acessem e participem do processo educativo!" Os princípios do desenvolvimento inclusivo podem reduzir a vulnerabilidade, a discriminação, a exclusão e os abusos contra crianças com deficiência. Mas para isso, a Escola, a Comunidade, as Empresas com Responsabilidade Social e os Poderes Públicos precisam romper com o ciclo de exclusão, por meio de propostas conjuntas e ações efetivas. O conceito de sociedade inclusiva apenas se tornará concreto quando todas as pessoas tiverem a oportunidade de serem reconhecidas e incluídas, a começar pelas crianças! Assim, nós - educadores (as), cuidadores (as), familiares, gestores (as) de políticas públicas - somos todos responsáveis pela construção do desenvolvimento inclusivo em nossas comunidades! ATIVIDADE 1 - CONSTRUÇÃO E VIVÊNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS INCLUSIVAS (Anexo 1) Objetivo: vivenciar o brincar inclusivo na escola e na comunidade, utilizando diferentes recursos educativos da Campanha Transmídia do projeto. Página 17 2.2 Educação Lúdica Conversa em Roda • Por que o brincar é um direito? • Na comunidade, o direito de brincar é reconhecido e valorizado? • Como se manifesta a cultura da infância na comunidade? Quais brincadeiras, jogos e brinquedos são característicos? • O que a criança aprende quando brinca? • Todas as crianças participam das brincadeiras? Texto em destaque: "Brincar é um direito humano garantido por leis a toda e qualquer criança e adolescente: • Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989 (Art. 31) • Constituição Federal (Art. 217) • Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Art. 4 e16)" Breve passeio pela história... A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. A criança é um sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. (Diretrizes Curriculares da Educação infantil, BRASIL, 2010) Texto em destaque: "A Educação Infantil carrega em si a dimensão do Lúdico e da Ludicidade. Brincar é uma atividade fundamental, pois promove a expressão do pensamento, da comunicação e interação entre as crianças. Referencial Curricular Nacional (1998)" O brincar e a brincadeira permitem que as crianças expressem seus sentimentos e percepções do mundo de uma forma autônoma. Quando brincam, as crianças se aproximam da sua cultura, experimentam o mundo com criatividade. Reinventam a realidade, fazem escolhas, tomam decisões, desenvolvem a identidade. Criam conexões afetivas com amigos e os adultos. Por isso, os processos e práticas educativas na primeira infância devem reconhecer, valorizar e incorporar a ludicidade. O grande desafio ainda é garantir o brincar para todos! Daí a importância do brincar inclusivo que - ao mesmo tempo em que desconstrói preconceitos e estereótipos - encanta, diverte e conduz à aprendizagem de forma leve e libertadora. Portanto a efetivação do direito de brincar precisa ser considerada por todos nós, ampliando as oportunidades de brincar de forma inclusiva e segura no cotidiano escolar, familiar e comunitário das crianças. Página 18 Ambientes seguros são aqueles onde os perigos não estão presentes. Ou seja, não existam objetos e obstáculos que possam machucar ou ferir as crianças. É claro que essas condições variam conforme a idade e o desenvolvimento da criança. Observe que quando nós, adultos, dizemos repetidas vezes: “por aí não”, ou “não suba aí ou acolá”, podemos sinalizar que o ambiente não está seguro. Então, é importante estar atento aos possíveis riscos que os ambientes e materiais utilizados podem oferecer às crianças. Eles são seguros? São acessíveis? Quando criamos um ambiente seguro e inclusivo, a criança pode brincar com maior liberdade! Além de considerar a inclusão e a segurança, a Educação Lúdica também está preocupada com a valorização da diversidade cultural e a ampliação do repertório lúdico das crianças, familiares, cuidadores e comunidades. Texto em destaque: "Quando brincam, as crianças e os adultos se tornam sujeitos brincantes!" As brincadeiras, brinquedos e jogos tradicionais, apropriados para o desenvolvimento da cultura infantil e das práticas brincantes, constituem-se paisagens lúdicas e paisagens da cultura. Paisagem é algo gostoso de apreciar e vivenciar... Precisamos explorar e experimentar as paisagens lúdicas e culturais da nossa infância e das infâncias com as quais trabalhamos e convivemos. Texto em destaque: "Quais são os espaços apropriados pela comunidade para as vivências lúdicas?" Mapear os espaços destinados ao brincar é um exercício muito importante. Pode ser divertido e emocionante resgatar as brincadeiras tradicionais, as histórias, as músicas, as danças, todo o ‘tesouro’ cultural que descobrimos na relação entre diferentes gerações (crianças, pais, avós, professores, etc). Também pode ser interessante identificar os espaços onde se brinca, e aqueles, onde você brincou: os quintais, os campos de futebol, quadras, parques, praças, brinquedotecas, bibliotecas, etc.. Eles carregam histórias, memórias e oportunidades de aprendizagens que estão, muitas vezes, adormecidas! ATIVIDADE 2 – MAPEAMENTO DE PAISAGENS LÚDICAS E SUJEITOS BRINCANTES (Anexo 2) Objetivo: Identificar e mobilizar o potencial lúdico e inclusivo dos espaços e sujeitos que vivem e/ou atuam na comunidade para promover conjuntamente o “Dia do Brincar Inclusivo”. Página 19 2.3 Escola-Família-Comunidade Conversa em Roda • Qual é o perfil da comunidade local? Quais são os seus sonhos, as suas expectativas e demandas reais? • Qual a importância da relação entre Escola-Família-Comunidade? • Como essa relação acontece no município? • Como a escola, a família e a comunidade podem contribuir para a garantia do direito de brincar? Texto em destaque: "Escola, família e comunidade podem juntas refletir, aprender, lutar, criar e promover iniciativas e projetos que respondam às demandas locais! Assim, toda a comunidade escolar será responsável por promover a felicidade das suas crianças!" Breve passeio pela história... Historicamente o acesso das populações mais vulneráveis aos bens educativos, sociais e culturais tem sido possível graças ao engajamento e à mobilização social pela democratização da Educação no Brasil. As políticas públicas articuladas entre Organizações não Governamentais (ONG´s), Universidades, Agências de Cooperação, Organismos como o UNICEF, Programas Governamentais, Empresas e Institutos com responsabilidade social, Famílias e Comunidades têm contribuído para diversificar os processos educativos. Nesse movimento encontramos a Educação Integral! Texto em destaque: "Legal! Educação Integral... Até rimou! Quero saber mais sobre isso…" A Educação Integral é uma proposta muito interessante, pois tem como base a identificação, o fortalecimento e a mobilização do potencial educativo de todos os espaços, tempos e sujeitos. Pressupõe a constituição de novos territórios educativos, a integração das políticas educacionais e sociais, o incentivo à criação de espaços educadores sustentáveis, a afirmação dos direitos humanos e a articulação dos sistemas de ensino. Outro aspecto considerado e valorizado pela educação integral são as aprendizagens ao longo de toda a vida. As nossas rotinas diárias estão repletas de possibilidades de aprendizagem, basta estar atento para identificá-las. Quando lemos um cartaz de uma campanha de vacinação, estamos aprendendo algo. Quando assistimos a um documentário sobre as profundezas dos oceanos, estamos aprendendo coisas novas. Quando trocamos receitas com os vizinhos, também estamos construindo saberes. Quando assistimos aos bons programas infantis na televisão, como a Vila Sésamo, podemos refletir sobre valores humanos com as crianças. Página 20 A Escola, nesse contexto, exerce um papel importante no projeto de Educação, mas não deve caminhar solitariamente... Isso não significa diminuir o papel da escola, mas reconhecer que a ela pode se somar uma pluralidade de sujeitos e ações comunitárias que também contribuem para a formação integral das crianças. Texto em destaque: "É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Artigo 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)." Justamente por isso é cada vez mais comum encontrar - no Brasil e no mundo - programas e projetos educativos que são realizados via parcerias entre diferentes setores da sociedade. Em vez de levar modelos ou tecnologias sociais prontas, tais iniciativas reconhecem, valorizam e potencializam os diferentes sujeitos, espaços, instituições, meios de comunicação e políticas públicas que já existem nos locais. O Projeto Incluir Brincando é um ótimo exemplo. Nesse sentido, uma proposta de educação integral requer formação e informação qualificada para toda a sociedade. Educadores, cuidadores e familiares precisam aprender como construir conhecimento junto às crianças, de forma prazerosa e crítica. Precisam valorizar a cultura da infância nas diferentes comunidades, sem antecipar etapas da vida e privar as crianças do direito de brincar e se divertir. Precisam conhecer os direitos fundamentais das crianças e criar estratégias para concretizá-los no dia-a-dia. Texto em destaque: "Agora entendo que é muito importante incentivara participação ativa de cada sujeito - principalmente das crianças - nos processos educativos!" Desta forma, a união entre escola, família e comunidade possibilitará a celebração de experiências educativas mais inclusivas e sustentáveis. Conselho de Direito da Criança e do Adolescente, Ministério Público, Juizado da Infância e Juventude, Órgãos e serviços públicos, Projetos e Programas governamentais, Universidades, ONG´s, Igrejas e Templos de diversas tradições religiosas, entre outros atores estratégicos, podem formar uma Rede de Proteção e Atenção em prol da Infância. Texto em destaque: “É preciso toda uma aldeia para educar uma criança” (Provérbio africano). A Rede precisa mapear as principais demandas que afetam a vida das suas crianças para dialogar criticamente sobre elas e, então, construir um projeto educativo integrado, com responsabilidades compartilhadas entre os diferentes setores/atores da sociedade. Quando a escola, a família, a comunidade e outros atores e setores formam a Rede, surge uma comunidade de aprendizagem! Página 21 ORGANIZANDO O DIA DO BRINCAR INCLUSIVO Imagem de Bel que diz: "Olá Amigos(as)! O Meu nome é Bel e tenho 3 aninhos! Sou uma monstrinha rosa, peluda, divertida e cheia de imaginação! Amo a natureza e não gosto de quem maltrata os animais! Adoro brincar com as crianças! Estou feliz porque está o chegando o Grande Dia... O Dia do Brincar Inclusivo! Vamos organizá-lo juntos?" Página 22 Conversa em Roda • Quais paisagens lúdicas e sujeitos brincantes foram mapeados na comunidade? • Quais são as expectativas das crianças em relação ao dia do Dia do Brincar inclusivo? • Quem serão os parceiros locais para a organização e realização da atividade? • Como e quando nos encontraremos para organizar da atividade? • Onde e quando realizaremos o Dia? Quais são os recursos necessários (materiais, humanos, ambientais)? Como divulgaremos, registraremos e avaliaremos? Texto em destaque: "O brincar deve ser estimulado e vivenciado por toda criança, em todos os tempos e espaços da vida cotidiana. Vamos juntar pessoas e organizações para organizar um dia festivo na nossa comunidade: o Dia do Brincar Inclusivo?" O Dia do Brincar Inclusivo é uma proposta integradora, com potencial de reunir diferentes gerações para brincar e se divertir juntos! Além das escolas parceiras, a iniciativa pode ser promovida pela sociedade civil organizada, governo etc. O sonho é que se torne uma política das secretarias de educação, das prefeituras... Que seja inesquecível e tenha continuidade nos próximos anos! Formação do “Grupo Brincante Local” Por onde começar? 1. Constitua um Grupo de Trabalho, levando em conta a representação de membros da escola e da comunidade. Para isso, identifique os atores sociais estratégicos presentes na sua comunidade e convoque todos eles para um encontro inicial. Juntos, respondam as perguntas da Conversa em Roda. 2. Faça uma ‘escuta das crianças’... Peça para que professores(as) recolham depoimentos e desenhos que sistematizem suas sugestões e seus desejos em relação à programação do Dia do Brincar Inclusivo! 3. Analise o mapeamento das paisagens lúdicas e sujeitos brincantes identificados na comunidade e convide-os para oferecerem atividades durante o Dia do Brincar Inclusivo. 4. Levando em conta as “vozes das crianças” e o mapeamento, construa uma Programação e um Plano de Trabalho, com tarefas, prazos e responsáveis bem definidos. 5. Organize uma agenda de trabalho para que o Grupo se encontre regularmente! Para cada desafio encontrado pelo Grupo, criem inúmeras possibilidades de superá-los. Lembre-se que é importante ter em mente o Plano A, B e C, caso surjam imprevistos durante a organização do Dia do Brincar Inclusivo! Página 23 Texto em destaque:"Você pode ser o articulador local do Grupo Brincante, a pessoa que irá convidar outros atores para que juntas promovam essa ação! Aceita o desafio?" ATIVIDADE 3 - PLANEJAMENTO DO “DIA DO BRINCAR INCLUSIVO” (Anexo 3) Objetivo: Planejar o “Dia do Brincar Inclusivo”, estabelecendo uma rede de parceiros locais (escola, família, comunidade, órgãos governamentais e sociedade civil). Programação Use a criatividade para montar uma programação que valorize as paisagens lúdicas, a cultura da infância e as potencialidades presentes na sua comunidade! É muito importante considerar o resultado do mapeamento, as opiniões das pessoas, a cultura local... Espaços, duração das atividades, recursos necessários, assim como os responsáveis precisam ser bem pensados! Uma programação bem estruturada pode tornar o Dia do Brincar Inclusivo um marco na vida da comunidade, oportunizando um encontro intergeracional, repleto de trocas, cooperação, afetividade e alegria! ATIVIDADES SUGERIDAS • Cinema com pipoca, para exibição dos episódios do Projeto • Teatro de bonecos, fantoches, etc. • Jogos simbólicos, com máscaras dos personagens da Vila Sésamo • Feira para troca de brinquedos • Oficina para construção de jogos adaptados • Vivência de brincadeiras populares • Rodas de Conversa sobre desenvolvimento inclusivo e o brincar • Contação de histórias • Sarau de poesias e apresentações musicais • Danças regionais e circulares • Oficinas artísticas Comunicação e Divulgação É muito importante convidar toda a comunidade para participar do “Dia do Brincar Inclusivo”! Evidencie que o Dia do Brincar Inclusivo está sendo organizado com apoio de uma Rede de parceiros que buscam contribuir com o desenvolvimento integral de todas as crianças da comunidade. Não se trata de um evento partidário! Não tem nenhum tipo de interesse econômico por trás! O objetivo é só um: brincar e se divertir! Página 24 Seja criativo e utilize diferentes canais de comunicação: • Agenda • Convite • Cartaz • Faixa de rua • Carro de som • Rádio comunitária • Jornal de Bairro • Mural • Televisão • Redes Sociais • Sites • Blogs Registro Programação pronta e tudo organizado... Então, não se esqueça: registre esse momento! Você pode utilizar diferentes estratégias para documentar as atividades e construir a memória do “Dia do Brincar Inclusivo”: • Desenho • Painel interativo • Fotografia • Filmagem • Entrevista • Relato • Depoimento ATIVIDADE 4 - RELATO DE PRÁTICA (Anexo 4) Objetivo: sistematizar e compartilhar as práticas realizadas nas escolas e comunidades a partir do Projeto Incluir Brincando, contribuindo para a troca de experiências e a produção de conhecimento sobre educação inclusiva através da Plataforma DIVERSA (www.diversa.org.br). Avaliação e Desdobramentos... Conversa em Roda • Após a realização do Dia do Brincar Inclusivo, quais são as lições aprendidas? • É possível tornar essa ação algo validado pela Rede de Educação e considerá-la no calendário escolar? • Como essa iniciativa pode ser integrada ao currículo escolar e ao Projeto Político Pedagógico (PPP) nos próximos anos? É muito importante que o Grupo Local se reúna e que todos envolvidos - crianças, cuidadores, familiares, educadores - avaliem o Dia do Brincar Inclusivo. Para a avaliação, utilize as fichas de avaliação do Dia do Brincar Inclusivo (Anexos 9 e 10) A partir da experiência do ‘Dia do Brincar Inclusivo’ é possível pensar sobre o Currículo vigente e o Projeto Pedagógico da Escola (PPP). Isso é muito importante, afinal esses documentos são vivos e precisam ser revistos de tempos em tempos, tornando-os cada vez mais significativos para a aprendizagem das crianças. Página 25 SUGESTÕES PARA APROFUNDAMENTO Imagem de Garibaldo falando: "Oi, sou o Garibaldo, um pássaro amarelo e gigante de seis anos. Às vezes sou atrapalhado e desengonçado... Gosto de fazer muitas perguntas e fico feliz quando minhas dúvidas são solucionadas... Vamos ampliar nossos horizontes e buscar respostas para as perguntas que ficaram na nossa cachola?" Página 26 Para navegar • Associação Brasileira pelo Direto de Brincar: www.ipadireitodebrincar.org.br • Associação Laramara: www.laramara.org.br/ • Braille Virtual: http://bit.ly/onm4S (aprenda a escrever palavras em braile) • Campanha Nacional pelo Direito à Educação: www.campanhaeducacao.org.br • Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF): www.unicef.org.br • Instituto Alana: www.alana.org.br • Instituto Rodrigo Mendes: www.institutorodrigomendes.org.br • Mapa do Brincar: www.mapadobrincar.com.br • Ministério da Educação (MEC): www.mec.gov.br • Rede Nacional pela Primeira Infância: http://primeirainfancia.org.br • Território do Brincar: www.territoriodobrincar.com.br • Vila Sésamo: www.cmais.com.br/vilasesamo Plataforma Diversa: ambiente virtual dedicado à produção de conhecimento por meio de pesquisa e troca de experiências em educação inclusiva, que tem como público profissionais da educação e gestores públicos que se sentem desafiados a incluir estudantes com deficiência nas escolas regulares. www.diversa.org.br Para assistir História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil: http://www.youtube.com/watch?v=eDi63uTyhkY WEBSÓDIOS e Vídeos do Projeto Incluir Brincando: www.cmais.com.br/vilasesamo http://www.youtube.com/watch?v=eDi63uTyhkY Página 27 Para ler BRASIL. MEC/SEB/DCOCEB/COEDI. Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças. Ed. Brasília, 2009. Disponível em: ‹http://portal.mec.gov.br/dmdoc>. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. MEC/SEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Ed. Brasília 2010. BORBA, Angela M. O Brincar como um Modo de Ser e Estar no Mundo. Brasil, MEC, Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações para a inclusão da criança de 6 anos de idade. Brasília, 2006. BROUGERE, Gilles. SHIMOTO, T. M. (Org.). A Criança e a Cultura Lúdica. O Brincar e suas Teorias. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. CARVALHO, Ana M. A. et al (Orgs.). Brincadeira e Cultura: viajando pelo brasil que brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Disponível em: Convenção sobre os Direitos da Criança. Disponível em: EDWARDS, Carolyn; et al. 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