Angela Merkel é eleita pela 3ª vez chanceler da Alemanha

Ela cumprirá seu mandato à frente de um governo de "grande coalizão" com os social-democratas


Mundo

17/12/13 10:55 - Atualizado em 17/12/13 10:57

Berlim (AFP) - A conservadora Angela Merkel foi reeleita nesta terça-feira por ampla maioria no Parlamento como chanceler da Alemanha, para um terceiro mandato consecutivo, que cumprirá à frente de um governo de "grande coalizão" com os social-democratas.

Merkel, que governa desde 2005 a principal potência econômica europeia e foi a clara vencedora das eleições de 22 de setembro, recebeu um grande apoio no Bundestag (Câmara dos Deputados) em uma votação secreta.

Merkel recebeu 462 votos dos 621 deputados presentes (de um total de 631), ou seja, 74% dos votos emitidos.

Ela obteve 42 votos a menos que o total teórico de sua nova maioria - integrada por democrata-cristão, social-cristãos e social-democratas - que é de 504 cadeira.

A União Democrata Cristã (CDU), partido de Merkel, e e a União Social Cristã (CSU), seu braço bávaro, somam 311 deputados, enquanto o Partido Social-Democrata (SPD) conta com 193.

O presidente do Bundestag, Norbert Lammert, anunciou que 150 deputados votaram contra Merkel e nove em branco.

"Aceito a votação e agradeço a confiança concedida", declarou Merkel, de 59 anos, após o anúncio do resultado.

Merkel recebeu flores e em seguida visitou o presidente da República Federal, Joachim Gauck, que a nomeou oficialmente chanceler.

Ela deve prestar juramento no Bundestag e, no final do dia, presidir o primeiro conselho de ministros da nova legislatura.

Na manhã de quarta-feira, Merkel discursará aos deputados, um dia antes de uma reunião de cúpula dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia em Bruxelas.

Depois, como é tradicional, fará a primeira viagem oficial a França, onde deve jantar com o presidente François Hollande.

A reeleição acontece após três meses de negociações - um recorde - para estabelecer o novo governo da principal economia europeia.

Apesar da ampla vitória em setembro, com 41,5% dos votos, Merkel teve que buscar novos aliados para formar o governo, depois que seu aliado tradicional, o Partido Liberal (FDP), ficou de fora do Bundestag em consequência do fraco resultado eleitoral.

Esta será a segunda vez que Merkel comandará uma "grande coalizão", após a primeira experiência entre 2005 e 2009.

O novo governo estabeleceu um programa que destaca a criação de um salário mínimo nacional, de 8,5 euros a hora, e que também inclui o aumento das aposentadorias da menor faixa e a limitação da alta dos aluguéis.

A chanceler prometeu na segunda-feira que os conservadores, que ocuparão os postos chaves no governo, serão "aliados justos" na coalizão com os outrora adversários políticos.

Durante a crise do euro, os dois partidos, então rivais, estiveram em absoluta sintonia e o SPD aprovou todos os planos de resgate propostos por Merkel.

Além da chancelaria, os conservadores comandarão a pasta estratégica das Finanças, com o veterano Wolfgang Schäuble, de 71 anos, assim como os ministérios da Defesa e do Interior, enquanto o SPD controlará as pastas das Relações Exteriores e do Trabalho.

O líder do SPD, Sigmar Gabriel, terá o cargo honorário de vice-chanceler e será o ministro da Economia e Energia, responsável pela transição energética, um grande desafio para o país, que decidiu abandonar a energia nuclear.

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