Saiba como ajudar animais de rua

World Animal Protection preparou um guia com 9 dicas para quem quer ajudar cães e gatos que são abandonados


Redação TV Cultura Jornalismo

20/08/15 14:11 - Atualizado em 20/08/15 14:13

Cão AbandonadoA organização não governamental World Animal Protection preparou um guia com nove dicas para quem quer ajudar cães e gatos abandonados. O Brasil tem a 2ª maior população de cães do mundo. Os cachorros que possuem um lar somam 52,2 milhões, e os gatos 22,1 milhões segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora não existam dados de quantos animais vivem nas ruas brasileiras, estima-se que 70% dos pets sejam semidomiciliados, ou seja, recebem cuidados de uma pessoa ou comunidade, mas continuam vivendo na rua. Outros 10% vivem totalmente abandonados sem cuidado algum.

Milhões de animais estão sujeitos todos os dias a doenças, fome, atropelamentos, e maus-tratos. Mesmo que você não possa adotar o animalzinho, fazer com que fique saudável e a encontrar um lar já faz uma diferença enorme pra ele.

Saiba como:

1.  Tire-o da rua

Aproxime-se do animal com cuidado e deixe que ele se acostume com sua presença. Uma boa opção é oferecer comida ou esticar sua mão para que a cheire. Se estiver em uma via movimentada, peça ajuda a alguém ou contate a Policia Rodoviária, que costuma ter equipamentos para resgatar animais com segurança.

Antes de pegar um animal desconhecido no colo, tome cuidado: providencie uma coleira ou focinheira, especialmente se ele estiver ferido. Ou utilize um cobertor para envolvê-lo e carregá-lo em segurança, evitando mordidas ou arranhões.

2. Lar, doce lar

A melhor opção é levar o animal para sua casa. A maioria dos abrigos, ONGs e Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) enfrentam superlotação, falta de recurso e dificilmente poderão cuidar tão bem como você. Se não puder ficar com ele, converse com sua família e amigos. Explique que é temporário, só até encontrar um lar definitivo, e que vocês podem dividir os custos ou revezar as casas.

3. Comida e cuidados simples

Um lar provisório não tem que ser perfeito ou espaçoso. Basta ter uma área de serviço ou um cantinho no quintal, onde o animalzinho resgatado possa se proteger do frio e do calor. Improvise uma cama com cobertores ou moletom velho. O ideal é alimentar com ração. Se não tiver como comprar, você pode provisoriamente combinar comidas caseiras como arroz, frango (sem osso), batatas ou legumes cozidos. Não tempere com sal, nem óleo. Para os gatos, dê carne em pedacinhos (como peixe, frango ou carne moída).

4. Animais perdidos

Nem todo animal na rua foi abandonado – desconfie principalmente de animais treinados, bem alimentados ou com coleira. Converse com os vizinhos, avise em comércios locais e procure pelos donos em sites especializados.

5. Use as redes sociais

Este é o melhor jeito de encontrar um dono – antigo ou novo. Use o seu perfil nas redes sociais. Seja no Facebook, Twitter, Instagram ou em sites de adoção.

6. Ouça o veterinário

Garanta a sua segurança e a saúde do seu novo amiguinho: leve-o ao veterinário o quanto antes. Ele irá avaliar a necessidade de vacinas e vermífugos. Aproveite a consulta para descobrir o peso, tamanho (se for filhote), idade aproximada e se o animalzinho está com dor.

7. Não doe sem castrar

Tirar um animal da rua resolve um problema, mas a castração previne vários. O procedimento evita filhotes futuros, que talvez não encontrem um lar e também diminui o risco de doenças. Também é possível encontrar veterinários que atendem a preço popular.

8. Feiras de adoção e ONGs

Uma boa solução é levá-lo a feiras de adoção ou pedir ajuda de ONGs para encontrar um novo dono. A maioria não pode ficar com o animal, mas você pode encontrar feiras perto de você e passar o dia lá com seu cão ou gato. Atenção: o animal deve estar vacinado, castrado e vermifugado.

9. Adoção responsável

Não doe para qualquer pessoa. Muita gente acha o animal fofo e o adota por impulso, sem se dar conta de que esta é uma responsabilidade de 10 a 20 anos. Procure conhecer a pessoa, pergunte se ela tem outros animais, pegue os seus dados e peça para ela assinar um termo de responsabilidade (se comprometendo a não abandonar e a cuidar daquele animal).

 

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