Faixa de Gaza tem mais um dia sangrento, e Israel anuncia ampliação de ofensiva

Conselho de Segurança da ONU pede cessar-fogo imediato na região; Hamas diz que negociará apenas se suas condições forem aceitas


Redação TV Cultura Jornalismo

21/07/14 16:26 - Atualizado em 21/07/14 16:49

Este conflito, o mais sangrento desde 2009 no enclave palestino sob cerco há anos, é o quarto entre o Hamas e Israel em menos de uma década. Ele já fez 410 vítimas palestinas em 13 dias de ofensiva.

O Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU) pede um cessar-fogo imediato em Gaza. Os confrontos já deixaram 500 palestinos mortos. Do lado israelense, há 20 vítimas fatais, 18 delas, soldados.

A Casa Branca também reforçou o apelo para que os dois lados baixem as armas. O Hamas não se pronunciou e Israel não sinaliza ter intenções de recuar, pelo contrário. O governo do país afirmou que está pronto para ampliar a ofensiva em Gaza.

O movimento islamita Hamas afirmou, nesta segunda-feira (21), que continua aberto a negociar, mas que não definirá uma trégua até que todas as suas condições sejam aceitas. Entre elas, a suspensão definitiva do ataque israelense e o bloqueio que Gaza sofre desde 2007.

O último fim de semana foi o mais violento desde o início dos recentes conflitos. Foram cem palestinos mortos em um único dia. Israel é acusado de cometer um massacre, mas responde alegando que a culpa é do Hamas, que usa os civis como escudo.

Com explosões por todas as partes, mulheres e crianças fugiram para escolas da região, em busca de abrigo. Além dos bombardeios, o exército israelense continua vigiando a fronteira. Eles alegam ter matado dez militantes islâmicos que tentavam se infiltrar em território israelense. Os militares do país hebreu vigiam os túneis subterrâneos que ligam Gaza a Israel.

O braço armado do movimento islâmico Hamas diz ter sequestrado um soldado israelense, o que gerou comemorações nas ruas de Gaza. O exército de Israel diz estar investigando o caso. Ainda não se sabe quais são os objetivos da ação.

Em 2006, o Hamas usou um israelense sequestrado como moeda de troca para a libertação de 1.027 prisioneiros palestinos.

Há protestos contra o confronto em vários países. Em Paris, na França, uma manifestação contra os ataques israelenses terminou em confusão com a polícia, com pessoas feridas e lojas depredadas. Em Amsterdã, na Holanda, um ato pró-palestina levou milhares de pessoas às ruas.

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