Medida tem como objetivo reforçar a luta contra o aquecimento global proposta pelo governo de Barack Obama
Washington (AFP) - A Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês) propôs, nesta terça-feira (18), novas normas para reduzir as emissões de metano no setor de petróleo e gás, para reforçar a luta contra o aquecimento global do governo Barack Obama.
As medidas visam contribuir com os objetivos anunciados em janeiro pela Casa Branca, que consistem em reduzir estas emissões entre 40% e 45% até 2025 com relação aos níveis de 2012.
"As normas [...] que propomos priorizam o compromisso de reduzir a poluição que contribui para as mudanças climáticas e proteger a saúde pública apoiando o desenvolvimento responsável e transparente da atividade energética", declarou a administradora da EPA, Gina McCarthy.
"As fontes de energia que permitem um processo de combustão menos contaminante como o gás natural são essenciais [...] para uma economia baseada em energia limpa", acrescentou.
O metano, um elemento-chave do gás natural, é um poderoso gás de efeito estufa, 25 vezes mais nocivo do que o dióxido de carbono (CO2). Nos Estados Unidos, o metano representa, depois do CO2, a segunda fonte de emissões provocadas pelas atividades humanas, das quais 30% são produzidas pelas indústrias de petróleo e gás. A proposta da EPA deve permitir reduzir as emissões entre 300 mil e 362 mil toneladas métricas até 2025, ou seja, o equivalente a 7,7 a 9 toneladas de CO2.
A EPA propõe também melhorar a detecção e o reparo de vazamentos de metano nas instalações, assim como mecanismos para capturar o gás natural que escapa das operações de fratura hidráulica. A poluição do ozônio é um risco para a saúde pública, contribui para a asma e o desenvolvimento de câncer, destacou a organização.
Segundo o executivo americano, as emissões de metano ligadas à exploração de gás e petróleo no país caíram 16% desde 1990, mas poderiam aumentar mais de 25% até 2025 se não forem feitos esforços suplementares.
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