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Buenos Aires (AFP) - Fiel à sua fama de provocador, o ex-craque Diego Maradona trocou presentes com o tunisiano Ali Bennaceur, o árbitro que não viu o toque de mão que resultou em gol da Argentina contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986, disputada no México.

"Dei para ele uma camisa da seleção argentina, e ele me presenciou com uma foto da partida que guardava na sua casa. Minha dedicatória: 'Para Ali, meu amigo eterno'", postou no Facebook o eterno camisa 10, depois de visitar Bennaceur na Tunísia.

No dia 22 de junho de 1986, no estádio Azteca, Maradona abriu o placar daquela partida de quartas de final. Ao desviar a bola com a mão numa dividida com o goleiro Peter Shilton, o camisa 10 marcou aquele que muitos consideram o gol mais bonito da história do futebol, após driblar meio time inglês.

O árbitro tunisiano não viu o toque de mão e validou o primeiro gol. No vestiário, depois da vitória final por 2 a 1 da Argentina o próprio Maradona inventou a expressão "La mano de Dios" (mão de Deus, em tradução livre) para se justificar.

A partida foi disputada em um clima pesado, poucos anos depois da guerra das Malvinas, e muitos argentinos viram a vitória como uma espécie de revanche sobre os britânicos. Os hermanos acabaram conquistando o bicampeonato mundial no México, com vitória por 3 a 2 sobre a Alemanha na decisão.