Segundo IBGE, sete em cada dez tiveram aumento de preços em julho; setor alimentício é um dos que mais sobem com altas de preços
Buscando gastar menos, os consumidores brasileiros estão procurando cada vez mais produtos de marca própria, que chegam a custar até metade do valor das líderes de mercado. Essa substituição tem ocorrido em diversos setores, desde alimentos até produtos de limpeza, e tem como grande causador a alta da inflação. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado dos últimos 12 meses o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 9,56%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (8,89%).
No setor alimentício, por exemplo, a inflação continua subindo: só em julho aumentou 0,65%, e nos últimos doze meses a variação foi de 6,61%. Ainda de acordo com o IBGE, sete em cada 10 produtos tiveram aumento de preços no mês passado.
No Atacadista Roldão, por exemplo, os produtos de marca própria tiveram um aumento de 10% em suas vendas. "Um crescimento bastante expressivo e que sinaliza que deveremos superar o resultado do ano anterior", comentou Pedro Camargo, gerente de Marca Própria do supermercado. De acordo com a Associação Brasileira de Marcas Próprias (ABMAPRO), esse segmento movimentou R$ 3,9 bilhões no ano passado e a expectativa para 2015 é de crescimento de 10 a 15%.
Outro fator que faz com que o consumidor opte pela marca própria são os ingredientes e formulações dos produtos. Além da equivalência na qualidade com as grandes marcas, o consumidor percebe que a diferença não é tão grande e os preços das marcas próprias são bem melhores. “Isso ocorre porque os produtos marca própria têm projetos que não necessitam de investimentos em propaganda e marketing, uma vez que tem sua visibilidade garantida junto com os esforços promocionais da rede”, diz Camargo.
De acordo com Camargo, em um pacote de 1 kg de pão de queijo congelado a diferença entre a marca líder e a marca própria chega a 37%. A diferença de preço na batata palha (pacote 400g) é de até 25%, na polpa de frutas congelada (1 kg) é de até 46% e entre os produtos para limpeza (a água Sanitária de 5 litros, por exemplo) é de até 27%. Já no preço do álcool (46,2 INPM) pode chegar a 26%.
Um estudo da Nielsen também mostram que mais da metade das marcas-líderes pesquisadas pelo instituto, entre as 132 categorias de produtos monitoradas, registrou queda superior a 3% em suas vendas neste ano. E que as mais tradicionais em seu nicho de mercado, 29% das 127 pesquisadas, vêm perdendo espaço para marcas menos conhecidas.
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