Segundo FecomercioSP, fatores que colaboraram foram o rápido aumento do desemprego e a forte queda do PIB no 2º trimestre
Após sete altas seguidas, que aumentaram a taxa Selic de 11% ao ano em setembro do ano passado para 14,25% em julho deste ano, o Banco Central (BC) deve manter a taxa básica de juros no patamar atual. A decisão será tomada em uma reunião que ocorre entre terça (1º) e quarta-feira (2) desta semana.
Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os fatores que colaboraram para essa previsão foram o rápido aumento do desemprego, a forte queda do produto interno bruto (PIB) no 2º trimestre e a relativa estabilidade das expectativas inflacionárias. Por outro lado, a desvalorização cambial apresentada nas últimas semanas juntamente com a dificuldade do governo para implementar o ajuste fiscal deve manter a a autoridade monetária ainda em alerta.
Ainda de acordo com a entidade, o BC já foi até onde podia com o seu principal instrumento, a taxa de juros. A previsão é de que a inflação anual dê um alívio aos consumidores, chegando a 5,5% até o final de 2016. Com o crédito caro e a economia desaquecida, é cada vez mais reduzido o espaço para aumentos de preços.
Porém, o crescimento dos gastos do governo ainda é preocupante, já que as despesas de consumo do Palácio do Planalto cresceram 0,7% no 2º trimestre na comparação com o 1º. Sem a ajuda da política fiscal, a política monetária tende a perder parte de sua eficácia, e o país corre o risco de ter de conviver com estagnação da economia e inflação relativamente elevada.
Para o jornalista Clóvis Rossi, esta é a única maneira possível de resolver e situação
País enfrenta forte crise política e econômica
Em meio a crise do PSL, governo se mostra ineficiente na administração de crises
Para professor da USP, interferência de familiares do presidente em decisões do governo é inédita no Brasil