Ex-presidente aprovou pautas polêmicas como casamento gay, aborto e liberação da maconha
José Alberto Mujica mora em uma casa humilde - com apenas três aposentos -, tem um Fusca e doa a maior parte de sua renda para organizações não governamentais (ONGs) e pessoas carentes. Ao longo de seu mandato no Uruguai, o ex-presidente aprovou pautas polêmicas como o casamento gay, o aborto até os três meses de gestação e a liberação da maconha. Para contar um pouco mais da trajetória do “presidente mais pobre do mundo”, chega ao Brasil o livro “Uma ovelha negra no poder”.
Na obra, os jornalistas Andrés Danza e Ernesto Tulbolvitz relatam o caminho e a chegada de Mujica ao governo uruguaio, sua convivência com líderes mundiais, principalmente com o ex-presidente brasileiro Lula, e os desafios de exercer o poder sendo avesso a formalidades e a qualquer cerimonial.
Mujica é ex-membro do Movimento de Libertação Nacional, que na década de 1960 assaltava bancos para distribuir dinheiro aos pobres, e ex-guerrilheiro que lutou contra a ditadura uruguaia nas décadas de 1970 e 1980. O ex-presidente ficou mais de 13 anos preso antes de entrar para a política tradicional no Uruguai.
"Pepe" foi deputado, ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, senador e presidente. Sua candidatura foi apoiada por vários líderes na América do Sul, principalmente Lula.
No livro, Mujica lembra conversas com o petista, nas quais Lula relata que teve que conviver, no governo, com “muitas coisas imorais, chantagens”. Mujica defende o amigo, e diz que ele não é corrupto, mas que o Brasil tem essa cultura. “O mensalão é mais velho que a cuia do mate”, afirma na obra.
Livro aborda como as pessoas escutam pouco a si mesmos e aos outros atualmente
Livro traz histórias do jornalista Ricardo Boechat contadas por quem conviveu com ele. Ouça entrevista com o editor Luiz André Alzer
Para o escritor, é necessário que os artistas saibam trabalhar com as novas plataformas de comunicação
Publicação é fruto da tese de doutorado do violeiro, compositor e professor mineiro. Ele falou sobre o trabalho ao RadioMetrópolis
Decisão veio após críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro