Pesquisadores criam modelo que explica como grupos tomam decisão coletivamente

Segundo estudo, feedback positivo durante o processo se mostra útil para descobrir resoluções boas e rápidas


Redação TV Cultura Jornalismo

24/09/15 16:42 - Atualizado em 24/09/15 16:57

abelhasPesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, Estados Unidos (EUA), desenvolveram um modelo que explica como grupos sociais tomam decisões coletivamente quando nenhum de seus membros tem acesso a toda informação ou à capacidade de se comunicar para uma decisão final.

O estudo, publicado na revista Science Advances, apresenta um modelo descentralizado, e mostra como o feedback positivo durante o processo se mostrou útil para a tomada de decisões boas e rápidas.

Foi criado um modelo matemático com base em dois elementos: o recrutamento com um feedback positivo, em que as opções inicialmente populares se reforçam; e percepção de quórum (também chamado de autoindução), em que o apoio suficiente para uma determinada escolha desencadeia uma decisão final.

Russell Golman, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, usou uma colmeia de abelhas como exemplo. Muitas delas se deslocam para outros lugares juntas, por uma questão de segurança evolutiva.

Um dos fatores determinantes para as tomadas de decisões entre os humanos é o funcionamento dos neurônios. "Do jeito que o cérebro funciona, você precisa obter uma certa quantidade de neurônios para tomar uma decisão. As teorias atuais sobre tomadas de decisões não levam em conta o processo de feedback positivo. Mas, geralmente a neurociência reconhece que os neurônios estão conectados em redes recorrentes, que permitem o feedback positivo ", disse Golman.

A teoria ajuda a explicar como uma marca se torna tendência de mercado, mesmo sem ter ótima qualidade, como é o caso dos fones da Beats, produzidos pela Apple. Goldman lembra que os "early adopters" - pessoas que passam o dia inteiro descobrindo coisas e ideias novas - "estão fazendo propaganda para os produtos que compram", e finaliza: "escolher os fones de ouvido mais populares não é necessariamente a melhor opção".

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