Segundo o CGI.br, mais da metade do dos usuários brasileiros acessa a web no próprio quarto ou em outro lugar reservado da casa
Produzido a partir de pesquisas entre alguns países, um relatório revelou as condições de acesso e uso da internet por crianças e adolescentes de Brasil, Bélgica, Dinamarca, Irlanda, Itália, Portugal, Romênia e Reino Unido. Entre os principais destaques, o estudo mostra a tendência ao uso cada vez mais privativo da web por jovens entre nove e 16 anos de idade.
A pesquisa foi elaborada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Segundo o levantamento, os brasileiros têm menor acesso à rede no ambiente da escola, porém estão à frente de outros países quando o assunto é o acesso a dispositivos móveis e a presença de crianças nas redes sociais.
O estudo mostra que uma em cada três crianças brasileiras acessam a rede por dispositivos móveis (33%), patamar superior a países como Romênia (15%), Irlanda (13%), Portugal (13%) e Bélgica (11%).
O acesso à web no próprio quarto ou em outro ambiente privativo da casa é prática comum nas crianças e adolescentes de quase todos os países analisados: mais da metade (56%) no Brasil, 85% na Dinamarca, 70% no Reino Unido, 69% na Itália e Romênia e 60% na Irlanda e em Portugal. A exceção fica por conta da Bélgica (48%).
Educação e atividades online
Na escola, apenas um terço das crianças brasileiras tem acesso à internet (36%). Comparada com os outros países envolvidos no relatório, a porcentagem é inferior: Reino Unido (88%), Dinamarca (80%), Romênia (53%), Portugal (49%), Irlanda (47%) e Bélgica (39%), com exceção da Itália (26%). "Em vez de restringir o acesso à internet, as escolas brasileiras deveriam valorizá-lo e investir nessa tecnologia, permitindo que as crianças explorem plenamente o potencial da Internet e sejam capacitadas para o seu uso seguro", diz Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Assistir a vídeos e usar redes sociais são as atividades mais citadas pelos jovens com idades entre 11 e 16 anos em todos os países do estudo. Os dinamarqueses (70%), romenos (58%), irlandeses (49%) e britânicos (49%) preferem assistir aos vídeos online, enquanto as redes sociais aparecem como a principal atividade para adolescentes italianos (59%), brasileiros (52%), portugueses (50%) e belgas (48%).
Redes sociais
Em relação à presença nas redes sociais, 78% das crianças e adolescentes brasileiros possuem perfil próprio, mesmo patamar de Romênia (78%) e Dinamarca (81%). No Brasil, as crianças de nove e dez anos são as mais presentes (52%) nesses canais entre os países analisados: Romênia (50%), Dinamarca (41%), Portugal (26%), Bélgica (22%), Reino Unido (19%), Itália (15%) e Irlanda (14%).
Ainda de acordo com o estudo, grande parte dos jovens brasileiros gosta de manter muitos contatos online e demonstra pouca preocupação com a manutenção de perfis públicos nessas redes. No Brasil, mais da metade das crianças (54%) afirma ter mais de cem contatos em seu principal perfil, fenômeno parecido com a Romênia (64%). Além disso, 42% dos brasileiros possuem perfil totalmente público, sendo essa proporção de apenas 15% na Itália.
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