Cresce o número de adeptos da astrofotografia amadora, modalidade que já tem até concurso nacional
Um hobby um tanto quanto nerd. Mas que não tem nada a ver com computadores, histórias em quadrinhos e séries de televisão. Você pode nunca ter ouvido falar nos “astrofotógrafos” amadores, mas acredite: eles estão em todos os lugares.
Com os olhos fitados no espaço, eles ficam atentos a cada cena que possa servir de atração. A Lua não é o limite. Com seus equipamentos, muitas vezes improvisados, capturam imagens dignas de compartilhamentos em páginas no Facebook e de publicação em blogs.
Espalhados por todos os cantos do planeta, muitos se comunicam via grupos, fóruns e site na internet. Trocam experiências e dicas para uma melhor performance.
Renato Cássio Poltronieri, que também é astrônomo amador, diz que se trata de uma paixão, no entanto: “os gastos com equipamentos não são poucos”. Ele diz que até que seria bom conseguir ganhar algum dinheiro, mas só consegue alguma coisa para cobrir os gastos quando participa de eventos ou oferece cursos.
Poltronieri é de Nhandeara, interior de São Paulo, cidade com o céu limpo e poucas luzes. Ideal para fazer boas imagens do espaço. O contrário da capital paulista — cidade poluída e repleta de iluminação. Porém, Renato ressalta que isso não tem sido empecilho para muitos “astrofotógrafos” e que o Clube de Astronomia de São Paulo (Casp) já provou isso fazendo belas imagens.
Para ser um deles, o primeiro investimento deve ser uma boa câmera fotográfica com longa exposição ou com um superzoom. As compactas da Canon que utilizam um programa para aumento de ganho em fotos também servem. Depois, todas são processadas em programas específicos como o DSS, Gimp ou Photoshop. Outro utilitário importante é o telescópio para fotos planetárias, com câmeras compactas.
Se você ficou interessado pelo tema, e gostaria de investir na modalidade, o mais indicado é, antes de tudo, estudar os temas: céu, estrelas e planetas — conhecimentos primordiais para se tornar um astrofotógrafo, mesmo que amador.
Para aqueles que já estão no ramo há algum tempo, vale a pena investir em competições mundiais e até mesmo nacionais. Em 2013, o Brasil teve o seu primeiro Concurso Nacional de Astrofotografias (CNDA), que premiou profissionais e amadores.
Em 2014, o CNDA terá a sua segunda edição, e premiará o grande vencedor com uma câmera planetária, artigo de luxo para os astrofotógrafos. Os interessados devem se inscrever até 31 de julho pelo site do CNDA.
Para Higor Martinez, organizador da disputa, esta é uma tendência que está se tornando cada vez mais popular entre os brasileiros. “O espaço sempre aguçou nossa curiosidade, e poder fotografar algumas partes do Universo e do Sistema Solar é realmente incrível, por mais simples que seja a astrofotografia”.
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