Poesia e música inspiram meditação em plena Av. Paulista

Grupo Meditação com Tambores promoverá em setembro uma reflexão especial celebrando o início da primavera


Redação cmais+ Arte & Cultura

12/08/15 16:00 - Atualizado em 12/08/15 16:59

meditaÇÃo com tambores
A Meditação com Tambores, grupo que usa a música como um dos veículos para incentivar insights e o autoconhecimento, promoverá às 15h, na Casa das Rosas, no dia 6 de setembro, uma meditação especial celebrando o início da primavera.
 
O evento, com entrada franca, será realizado no jardim da casa de cultura e os participantes poderão levar mats ou colchonetes de yoga para meditar confortavelmente.  Por meio do poema “Eros e Psique”, de Fernando Pessoa, permeado pelo som de tambores, castanholas, rabeca, violino, violoncelo e cantigas da cultura popular, o grupo deseja propiciar aos espectadores relaxamento e tempo para refrescar pensamentos e emoções.
 
 “É uma perspectiva simples, rápida e prazerosa para melhorar saúde e humores, estimular a criatividade e tonificar a mente, melhorar a qualidade do sono e promover uma realidade pessoal mais serena e calma, além do deleite de ouvir boa música e apreciar Fernando Pessoa”, explica a produtora cultural Maria Carolina, da Maria Sol Produções Culturais, responsável por levar o projeto até a Casa das Rosas.
 
A Meditação com Tambores surgiu em São Paulo há um ano e meio quando a meditadora Monica Jurado, a artista Cristiane Velasco e a psicanalista Patrícia Alcântara resolveram unir seus talentos em busca de uma nova forma de meditar usando tambores. O ritmo da percussão colabora no processo de relaxamento e leva os participantes a viajarem em suas paisagens internas. O som do tambor também acalenta quem os ouve por evocar as memórias do útero materno, quando era o som das batidas do coração da mãe que ritmavam a existência.
 
Aliado ao ritmo dos tambores, Cristiane Velasco interpretará o poema “Eros e Psique” e cantará várias cantigas que fazem referência à rosa: Cantigas de Roda da Cultura da Infância, Cantigas de Manifestações Populares Brasileiras e Cantos de Trabalho. “Essas canções são verdadeiros mantras da Cultura Popular”, explica ela, que é educadora, dançarina e "cantadora" de histórias, com especialização em arte educação pela ECA-USP.  Ela também atua desde 2003 no Instituto Brincante onde coordena o módulo de formação de educadores “Histórias e Contos Tradicionais” e o curso livre “Histórias de Boca: Palavra Brincante.
 
O poema de Fernando Pessoa foi escolhido para o evento, segundo Monica Jurado, por simbolizar o Mito de Eros e Psique, respectivamente, vida e alma. Mônica Jurado é atriz, locutora e arquiteta com experiência de 33 anos em meditação. Entre 2008 e 2013, ela coordenou o projeto voluntário “Almas em Movimento”, na Penitenciaria Feminina da Capital de São Paulo, que utilizava a meditação com tambores, o uso da voz e da dança no intuito de resgatar a dignidade e a essência das reeducandas, mulheres brasileiras e estrangeiras. 
 
No poema, Fernando Pessoa se utiliza da história do cavaleiro que busca a bela adormecida, dando-se conta ao olhá-la que era ele próprio quem dormia, representando o encontro do cavaleiro com a sua própria alma adormecida. “Quando Eros e Psique se casam, na mitologia, isso representa a possibilidade de vivenciar uma vida plena”, diz Patrícia Alcântara, psicanalista e psicoembrióloga, com experiência em yoga, coaching em condicionamento físico. “Quando a vida é tocada pela alma nasce o amor. O casamento deles é importante porque é uma etapa do desenvolvimento humano”, explica ela, que também estuda mitologia desde 2007 e suas relações com a Psicologia Analítica Junguiana. É também neste aspecto que ela faz uma metáfora do poema e das cantigas populares que evocam a rosa com relação à Primavera: “É como o desabrochar da alma, antes adormecida”.
 
Para a apresentação no dia 6 de setembro, participará da Meditação com Tambores um duo de cordas formado por Erica Beatriz Navarro (violoncelo) e Cá Raiza (violino, rabeca e viola de arco). Érica Beatriz Navarro, formou-se no Departamento de Música da ECA/USP, desenvolve sua musicalidade com o Duo de Cellos Érica Beatriz Navarro e Rebeca Friedmann, interpretando obras Itiberê Zwarg compostas para o Duo, apresentaram-se em Montevidéu, TribOz (RJ), Casa de Cultura de Paraty (RJ), Sesc Bertioga, Café com Letras/CCBB (BH), Casa de Dona Yayá (SP). É integrante da Vintena Brasileira com a qual tocou ao lado de Hermeto Pascoal, Arismar do Espírito Santo, Nenê, Mônica Salmaso, Sérgio Santos, Hamilton de Holanda.
 
Cá Raiza é violinista, rabequeira e educadora musical. Nascida na cidade de Guarulhos, iniciou seus estudos no conservatório de sua cidade, depois passou pela Universidade Livre de Musica (atual EMESP), pelo Instituto Baccareli, e pela faculdade Santa Marcelina. Durante um tempo ingressou a Orquestra Sinfônica Heliópolis e a Orquestra Jovem de Guarulhos, como bolsista. Nesse período conheceu Giovanni Di Ganzá, com quem iniciou uma parceria musical, parceria essa que tem gerado alguns projetos, como o grupo Trilha Trio composto por violino, violão e Contrabaixo , o Duo Raiza-Ganzá (violino e violão, viola e viola caipira). Com integrante das orquestras que fez parte, tocou com Wagner Tiso, Antônio Nóbrega, Spok frevo, Zizi Possi, Claudio Cruz, Emanuelle Baldini e a soprano Rosana Lamosa. 
 
 
Meditashow - Meditação em versos: Eros e Psique, Fernando Pessoa
Dia 6 de Setembro, às 15h, Gratuito
Casa das Rosas - http://www.casadasrosas.org.br/
Av. Paulista, 37, Bela Vista, São Paulo
 
Meditação Grande Contentamento – Novembro 2014 - São Paulo
 

O que é meditar com tambores

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