Ao todo, 18 instituições públicas de ensino recebem o espetáculo “A Criada Patroa”
Ao ver a carência de público consumidor de música erudita, a diretora de produção de ópera Cléia Mangueira e a diretora cênica Livia Sabag pensaram em disseminar essa cultura para outras pessoas. E as crianças de comunidades carentes foram às escolhidas para fazer parte do projeto ‘Ópera na escola’, que teve seu início em 2010 e continua até hoje com suas apresentações. “O projeto é muito positivo. Eles se sentam, assistem, e, para nossa surpresa, ficam compenetrados, se divertem e se deliciam com a história. O intuito foi fomentar essa ação cultural para comunidades carentes que não tem acesso à espetáculos de ópera. Realizar o projeto em escolas, que muitas vezes são os únicos equipamentos públicos ao alcance dessas pessoas, foi a maneira que encontramos de chegar tanto ao público estudantil, quanto à comunidade que mora no entorno”, diz Cléia.
De setembro até outubro, aos finais de semana, 18 escolas de São Paulo e interior receberão as apresentações, que têm entrada gratuita para as crianças e seus familiares. Nesta temporada, as pessoas poderão conferir a peça ‘A Criada Patroa’, que conta a história dos criados Serpina e Vespone. Os dois fazem de tudo para que seu patrão Uberto se apaixone pela empregada. A cantora Isabella Luchi, o barítono Marcio Marangon e o ator Rodrigo Manzelli compõem o elenco, que tem direção musical assinada por Fábio Bezutti.
O piano é o instrumento chave para a idealizadora Cléia Mangueira nas apresentações: “Em função das limitações orçamentárias, a parte orquestral foi reduzida ao piano, facilitando assim a circulação pelas cidades, já que a ideia é mostrar para comunidades diversas. Aliás, o piano também é a maneira como ensaiamos uma ópera num teatro. Contamos com ele até os ensaios finais, antes de juntar o canto, a encenação e a orquestra”.
Desde 2010, cerca de 9 mil pessoas já assistiram os espetáculos eruditos. E o público vai desde bebês de colo, pois as mães estão acompanhando um irmão maior, até pessoas idosas. "Numa das nossas apresentações, uma Sra. de 87 anos veio nos dizer, emocionada, que até então não tinha tido a oportunidade de assistir a uma ópera, que estava feliz e que teve acesso ao material que foi disponibilizado à sua neta pela escola. Após a leitura, ela ficou surpresa, pois descobriu que, assim como ela, a ópera também tinha se originado na Itália", comenta Cléia.
O projeto também oferece para às escolas material pedagógico para ser trabalhado em sala de aula. Neste material são abordadas questões como a origem da ópera, tipos de vozes, instrumentos que acompanham uma orquestra, concepção do espetáculo, criação do cenário, figurino, entre outros.
Confira as datas e cidades que receberão as apresentações do projeto Ópera na Escola:
20/9 – São Caetano do Sul
11h00 – EE Padre Alexandre Grigolli
20/9 – São Paulo
15h00 – EE Dr. Genésio de Almeida Moura
21/9 – Cotia
11h00 – EM Prof Roberto Jorge Haddock Lobo Netto
15h00 – EE Tenente Ernesto Caetano de Souza
27/9 – Araçariguama
11h00 – EE Humberto Victorazzo
28/9 – Guarulhos
11h00 – EE Cidade Soimco II
15h00 – EE Profa Zilda Romeiro Pinto Moreira da Silva
11/10 – Pindamonhangaba
11h00 – EE Profa Antônia Carlota Gomes
15h00 – EE Profa Dirce Leopoldina Cintra Villas Boas
12/10 – Araçariguama
11h00 – E.M.E.I.F Jorge Amado
18/10 – Pindamonhangaba
11h00 – EE Prof Eunice Bueno Romeiro
15h00 – EE Profa Yolanda Bueno de Godoy
19/10 – São José dos Campos
11h00 – EE Eng. Edgar Mello Mattos De Castro
15h00 – EE Prof. Xenofonte Strabão de Castro
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