Museu da Imagem e do Som (MIS) monta exposição que trata a série como façanha artística
Rita Albuquerque, do cmais+ | imagens Clarice França | produção Marília Fredini | edição de vídeo Claudio Tibérius | foto Jair Magri Arte & Cultura
16/07/14 14:16 - Atualizado em 12/09/14 17:59
“Obra de arte (s.f.). obra em que a utilização da técnica e o uso dos materiais estão a serviço de comunicar a visão pessoal do artista e de suscitar uma emoção estética no receptor.” Se é para levar a sério a definição do Dicionário Houaiss, Castelo Rá-Tim-Bum é uma obra de arte não datada da televisão brasileira.
Inovadora tanto para o ano de seu lançamento, em 1994, como para os dias hoje, a série, criada por Cao Hamburger e Flávio de Souza, conquistou uma geração de fãs imersos em um universo que alia formação, fantasia e comédia. Na visão de Sérgio Mamberti, intérprete do Doutor Victor, Castelo Rá-Tim-Bum é um clássico por ter nascido de uma visão viva, construída a partir de um trabalho lúdico e intelectual, e também pela consciência de seu importante papel.
A série traz uma explosão de criatividade que estimula o imaginário das crianças sem subestimá-las. Com uma proposta pedagógica diferente, ela preenche as lacunas do que é ensinado nas escolas e, de modo simples, enfoca a complexidade do que é viver. Segundo Cao Hamburger, o conteúdo era pensado para cidadãos em formação, os quais poderiam absorver valores fundamentais transmitidos por meio da narrativa e dos quadros complementares. “Esse parecer é muito próximo ao que preparei para Que Monstro Te Mordeu?, em breve na tela da TV Cultura”.
Para Marcelo Tas, intérprete do antenado Telekid, há pelo menos 20 anos a TV aberta passa por um período estéril no que diz respeito à programação infantil. “Retomar esse tipo de produção é uma tarefa árdua e que merece atenção”, afirma o apresentador.
Concebida pela equipe do Museu da Imagem e do Som (MIS) com apoio da Fundação Padre Anchieta, Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição tem a curadoria de André Sturm, diretor do local e dono do Cine Belas Artes, junto aos assistentes Renan Pessanha Daniel e Gabrielle Araújo. “Esta é a primeira mostra desenvolvida totalmente pela equipe do MIS, é uma oportunidade para o público ver de perto as personagens e o grande acervo do programa em uma experiência interativa e sensorial”, avalia André.
O diretor conta ainda que a ideia surgiu da vontade de dar destaque a um produto essencialmente brasileiro, passados 20 anos de sua criação e produção. A mostra ocupa o primeiro e o segundo andar do MIS e guarda surpresas em sua expografia, que apresenta, de forma lúdica, mais de dez ambientes do Castelo. “Recriamos cada cômodo para que os fãs da série realizem o desejo de reviver a história de modo concreto e também para atrairmos mais fãs”, diz. O realismo fica a cargo dos objetos, figurinos e bonecos restaurados pelos artistas que os criaram na década de 90.
Em cartaz de 16 de julho a 25 de janeiro.
De terça a sexta, das 11h às 21h; sábados, das 09h às 23h; domingos e feriados, das 09h às 20h.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) fica na Avenida Europa, 158, Jardim Europa - São Paulo.
Para saber mais, acesse o Guia da Cultura.
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