O romance que ganhou o Pulitzer chega ao Brasil
O romance O pintassilgo, da escritora americana Donna Tartt, é o lançamento de maior destaque da semana. O livro vendeu 1,5 milhões de exemplares só no Estados Unidos e venceu o prêmio Pulitzer 2014, o prêmio literário mais importante dos Estados Unidos. Ainda em ficção, o romance O conto do covarde, da escritora galesa Vanessa Gebbie, retrata a vida dos carvoeiros galeses no início do século XX. O romance ganhou a competição “Novel in a year” do jornal Daily Telegraph. No campo da não-ficção, destacam-se as memórias da juventude do francês Mathieu Lindon quando era protegido do filósofo Michel Foucault, e a viagem quase-fantástica do português José Luís Peixoto pela Coreia do Norte. Também a biografia do cantor Ronnie Von é um acontecimento. Ou até uma ocorrência policial. No seu lançamento, o livro parou o trânsito na avenida Paulista.
Ficção
Um romance de formação
A americana Donna Tartt, de 50 anos, é conhecida pelo preciosismo com que narra suas histórias, recheadas de reviravoltas e aprofundamento psicológico dos personagens. Ela levou 21 anos para escrever o terceiro romance de sua carreira, O pintassilgo. O título é tirado da tela homônima do artista holandês Carel Fabritius, de 1654. A tela cumpre a função de pivô do romance de formação de Theo Decker. Aos 13 anos, ele visita o Metropolitan Museum de Nova York e perde a mãe num atendado que destrói o museu. Ao se salvar, Theo leva consigo o quadro de Fabritius. Vive então aventuras que o levam a refletir no sentido da vida e na culpa. Um grande romance, que ganhou o prêmio Pulitzer de 2014.
O conto do covarde: Vanesa Gebbie
Vida e tragédia nas minas
O pano de fundo do romance O conto do covarde, da galesa Vanessa Gebbie é a vida turbulenta dos mineiros em uma cidadezinha do País de Gales. Quem descobre esse estranho mundo é o menino Laddy Maerridew, que vai morar com a avó no interior de Gales. Lá, ele conhece Ianto Jenkins, um mendigo que, entre outras excentricidades, é o detentor das lembranças da localidade. Entre outras histórias, ele relata a Laddy o episódio da explosão da mina de Gentil Clara, que marcou a cidade pelas perdas de vida e a mudança de destino de muitas famílias. As traições, desventuras e alegrias dos carvoeiros são contadas com minúcia e sem pieguice.O livro foi lançado em 2011 e ganhou vários prêmios.
Não-ficção
O que amar quer dizer: Mathieu Lindon
O filho adotivo de Foucault
O escritor francês Mathieu Lindon, de 58 anos, era adolescente quando conheceu o filósofo Michel Foucault (1926-19854). Mathieu era filho de Jerôme Lindon, dono da prestigiosa editora Editions de Minuit, e foi acolhido por Foucault nos últimos anos de sua vida. O apartamento de Foucault, na rue de Vaugirard, no centro de Paris, era o local de encontro de jovens intelectuais que Foucault protegia. Nestas memórias, Lindon descreve as reuniões regadas a LSD e sinfonias de Mahler. Em O que amar quer dizer, ele conta a surpresa que ele e os amigos tiveram quando descobriram que Foucault estava com Aids. Para Lindon, Foucault foi o seu segundo pai, figura fundamental para sua formação.
Dentro do segredo: José Luís Peixoto
Decifrando a Coreia do Norte
A Coreia do Norte é um país fechado e dominado por um regime totalitário. Mesmo assim, há quem consiga quebrar o cerco e penetrar nos segredos do país. Foi assim que o escritor português José Luís Peixoto viajou para lá, como turista. Ao longo de duas semanas, Peixoto teve permissão de conhecer grandes cidades e localidades rurais. O resultado é Dentro do segredo, um bizarro guia de turismo, em que monumentos e descrições de hábitos da população se mistura a uma atmosfera de pesadelo e opressão.
Ronnie Von, o príncipe que podia ser rei: Antonio Guerreiro e Luiz Cesar Pimental
O homem que quase foi rei
No ano em que completa 70 anos, o cantor e apresentador de televisão Ronnie Von ganha sua primeira biografiaRonnie Von, o príncipe que podia ser rei. O livro acompanha a trajetória de Ronaldo Nogueira, de filho de banqueiro e diplomata ao ápice como ídolo da música popular brasileira em 1966, quando dividiu a coroa de rei com seu colega Roberto Carlos. Triunfos, fracassos, desilusões profissionais e amorosas, tudo é contado nesta biografia que, apesar de não ter sido autorizada por Ronnie, contou com sua ajuda.
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