A evolução da moda no Brasil, parte 1

Veja uma linha do tempo com as mudanças que a moda brasileira passou, do século XIX ao XXI


Débora Centoamore Arte & Cultura

27/05/11 17:52 - Atualizado em 27/05/11 19:20

Do longo ao mini, do algodão ao tecido sintético, dos cabelos volumosos aos chapados. A moda muda, se transforma, inventa, reinventa, revoluciona - e se repete. Da influência europeia à busca por uma identidade nacional, a moda brasileira mudou radicalmente desde o tempo dos nossos bisavós. Historicamente, não faz muito tempo que as mulheres só saiam de casa de vestido longo, luvas e sombrinha. O que diriam elas se vissem as pernas de fora de hoje (que nem chocam mais)? O que foi revolucionário antes hoje já é trivial.

O homem se veste há séculos mas o estilismo como profissão só se tornou curso superior nos anos 1970. Os que pensam que a moda não é uma forma de expressão e de arte, mas só a maneira como as pessoas cobrem seus corpos, podem parar de ler por aqui. Para os que continuam, o cmais+ entrevistou o autor do livro e diretor do documentário homônimo “História da Moda no Brasil”, João Braga, para conhecer a trajetória da moda brasileira. Ele dividiu a moda em sete períodos, veja nas fotos:

Belle ÉpoqueBelle Époque, 1889 - 1918
“As mulheres vestiam-se aqui no Brasil como se elas fossem verdadeiramente europeias. Com o calor do Rio de Janeiro e as mulheres usavam casaco de pele. Sem necessidade, mas era chique usar casaco de pele em Paris. Na rua do ouvidor, no Rio de Janeiro, falava-se mais francês do que português”, diz João Braga.

Nessa época era característico ver nas ruas mulheres usando cintura marcada, chapéus bem grandes, coque fofo, vestidos longos, botinhas e uma sombrinha a tiracolo. Já os homens usavam flor na lapela, calça comprida, paletó, gravata, colete e chapéu.

Uma curiosidade: no final do século XIX até o princípio do século XX, algumas famílias abastadas do Rio de Janeiro mandavam lavar e passar as roupas em Lisboa por que consideravam que no Rio não soubessem lavar e passar bem. "Isso talvez muito mais por exibicionismo do que por qualquer outra questão de higiene propriamente dita", diz João Braga.

Na foto, Almerinda Martins Catharino da Silva, irmã de Henriqueta Catharino, fundadora do Museu do Traje e do Têxtil. Salvador, BA, 1910.

Anos Loucos 1919 - 1930Anos Loucos

No período do pós-guerra, as saias se encurtam e a mulher começa a ter uma vida social mais ativa. Essa mudança no comportamento feminino que inspirou o nome do período.

No Brasil, a influência parisiense continua forte, mas já se produz roupas aqui – inspiradas na moda de fora, mas com adaptações.

Na moda feminina o que se destacava era o chapeuzinho cloche, o cabelo mais curto e a cintura mais baixa, na altura do quadril. “Isso deixa o corpo mais retilíneo”, diz João Braga.

Na foto, Niny Parreira e Calutinha em praça de Araguary, MG, 8 de novembro de 1927.
 

A moda segue! Veja aqui o que acontecia entre 1931 a 1960.

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